A vida nos ensina que somos vendedores natos, mesmo que desconheçamos esta afirmativa, mas o fato inquestionável é que de certa forma somos vendedores de alguma coisa.
A dona de casa vende o seu cuidado e zelo, ao seu marido e aos seus filhos. O avô vende ideias aos netos. O motorista de ônibus vende um percurso ao seu usuário. E o pregador de certa forma deve vender a sua pregação aos irmãos que o estão ouvindo.
A Bíblia nos mostra vários líderes e seus liderados, como: Moisés e Josué; Elias e Eliseu. O exemplo mais claro é o de João Batista e Jesus Cristo. João Batista veio pregando o Arrependimento e o Reino de Deus. Jesus foi batizado nas águas por João e conduzido ao deserto pelo Espírito Santo.
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Voltando do deserto Jesus ainda pregou durante certo tempo a mesma doutrina de João Batista: Arrependimento e Reino de Deus. Essa Palavra é a Doutrina Inicial do Novo Testamento e foi primeira proferida por João. Quando Jesus começou a pregar a sua mensagem, ele começou a ensinar exclusivamente sobre o Reino de Deus e não parou mais.
A Doutrina de Jesus é especifica: o Reino de Deus.
Não dá para expormos tudo ao mesmo tempo. Há a necessidade da definição do nosso campo de pregação. Só um cara muito bom, pode pregar sobre um monte de coisas sem se enrolar em alguma delas. Eleja um único tema por pregação.
Ser você mesmo quando for pregar tem ainda outro sentido: pregar-se o que se tem afinidade, pregar no seu chamado. Um irmão há muitos anos atrás disse que poderia começar a pregar em qualquer tema, mas ele tinha que falar sobre certa mensagem ou tema, e enquanto desenvolvia o assunto, então o Espírito descia e a unção era derramada no culto. Precisamos saber para o que fomos chamados.
Qual é a mensagem que Deus te manda pregar?
Jesus tinha praticamente uma única mensagem: O Reino de Deus. Jesus só pregou o Reino de Deus.
No caso da pregação, o produto: A Palavra de Deus se vende sozinha; tanto é que ser purista, exegético, teológico, na pregação, é o melhor caminho. Não é necessário acrescentar absolutamente nada na Palavra para ela dizer o que diz. Aliás, somos alertados a não fazê-lo, sob pena de maldição.
Como alguém que não ama ler a Bíblia e estudá-la pode almejar se tornar um bom pregador? Como alguém que já velho no Evangelho, e sendo pregador, nunca leu a sua Bíblia? Como alguém vai pregar o que não sabe? Os Seminários são um apoio ao que está na Bíblia e não o contrário.
O capitulo dois de Juízes é trágico, ao nos mostrar a incompetência dos líderes de Israel em ensinar os princípios básicos que eles deveriam saber. Uma única geração após e esses “filhos”, nunca tinham ouvido falar de Deus. Impressionante, não é? Se a salvação dependesse dos homens, o assunto salvação teria se encerrado ali mesmo. O fundo do poço da negligência do ensino bíblico, uma geração inteira que não conhecia ao Senhor.
Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel. Juízes 2:10
Infelizmente o mesmo mal de Juízes ocorre ainda hoje: vejo muitas igrejas que não ensinam as doutrinas básicas do evangelho. A sua pregação fica apenas no imediatismo superficial. Esse imediatismo está matando a próxima geração.
Ser apaixonado pela pregação compete também defender a Palavra, para que possa ela ser transmitida para as próximas gerações. E nunca a Palavra de Deus foi tão combatida como em nossos dias. Mas como vamos defendê-la se não a conhecemos?
O apaixonado pela pregação é aquele que até pagaria, para exercer o cargo de pregador. O verdadeiro pregador é tão apaixonado que se entristece, quando o povo não lhe presta atenção. O verdadeiro pregador é aquele que passando por provas de fogo, ainda assim se recreia elaborando sermões e suas estruturas. O filho está morrendo, a esposa está de cama, ele está com dor, mas o seu recreio é procurar mais um sermão na Bíblia, mais uma Palavra que possa falar com a comunidade e quiçá com essa geração.
A Palavra que o pregador prega, ele a prega por quê? Enquanto a pessoa não for interpelada claramente, sobre o seu chamado, se é real ou não, como ela irá pregar? Algumas perguntas são necessárias: Você tem certeza absoluta que Deus te chamou para pregar, ou é uma mera satisfação pessoal? Você é dividido entre a pregação e outro cargo na Igreja, como cantar, por exemplo? Você entende que Deus está te usando na pregação, ou existe outro motivo para pregar? Será que o seu desejo de pregar não é somente desejo de estar à frente, em evidência? Você é um pregador que prega a Bíblia, ou é daqueles que não falam coisas para não ofender os irmãos?
Nós não vamos ajudar ninguém, como pregadores, passando a mão no pelo das ovelhas, alisando-os constantemente. Assim como também não vamos ajudar se só tivermos um cajado para tratar com a ovelha.
O pregador não prega para si, essa é uma regra áurea, o pregador prega para o ouvinte. A mensagem que Deus nos dá, não é nossa, mas do ouvinte, por isso que o ouvinte tem que ouvir o que Deus nos manda dizer e não o que queremos falar, ou o que o ouvinte quiser ouvir.
A maior ajuda que penso nesse momento, sobre a palavra pregada, é que ela é e deve servir como resposta a quem ouve. Será que nas suas pregações existem respostas para o ouvinte? Pregamos de modo a responder questões básicas e outras nem tanto, sobre o viver cristão? Ou nossas pregações não acrescentam nada a quem nos ouve? A maior prova de qualquer coisa é o tempo. Um pregador deveria pregar e se gravar e depois de uns tantos meses ou anos, deveria ouvir-se pregando. Será que passamos no teste do tempo para nós mesmos?
Nunca deveríamos nos esquecer de que somos mensageiros de Deus. A nossa mensagem parte do nascimento de Cristo, do cumprimento em sua Pessoa dos elevados princípios de Deus para nossa redenção. Um bom teste que derruba muita gente é: qual foi a ultima vez que você pregou exclusivamente uma doutrina bíblica, apostólica? E a penúltima? A Igreja se perpetua no ensino das doutrinas do Novo Testamento e não na Palavra imediatista.
É um grande erro imaginar que a pregação deve só tratar de nós e do imediato. Caso nossa mensagem enfoque apenas o imediato, ela será rapidamente esquecida. O pregador deve pensar no mais, no futuro e direcionar sua mensagem para edificação e orientação, levando seus ouvintes a pensar nas próximas gerações. Há de haver equilíbrio na exposição da Palavra de Deus.
Será que ajudaremos mais sendo imediatistas, ou sendo escatológicos? Com qual dos dois você acha que Deus vai mais contar?
A melhor maneira de desperdiçar seu púlpito é pregar seus próprios pensamentos em lugar dos pensamentos de Deus.
Autor: Juraci Rocha é Consultor de Expressão Verbal, Ministra Cursos de Liderança Cristã e administra o blog Filhos de Ezequiel.
A dona de casa vende o seu cuidado e zelo, ao seu marido e aos seus filhos. O avô vende ideias aos netos. O motorista de ônibus vende um percurso ao seu usuário. E o pregador de certa forma deve vender a sua pregação aos irmãos que o estão ouvindo.
A Bíblia nos mostra vários líderes e seus liderados, como: Moisés e Josué; Elias e Eliseu. O exemplo mais claro é o de João Batista e Jesus Cristo. João Batista veio pregando o Arrependimento e o Reino de Deus. Jesus foi batizado nas águas por João e conduzido ao deserto pelo Espírito Santo.
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Voltando do deserto Jesus ainda pregou durante certo tempo a mesma doutrina de João Batista: Arrependimento e Reino de Deus. Essa Palavra é a Doutrina Inicial do Novo Testamento e foi primeira proferida por João. Quando Jesus começou a pregar a sua mensagem, ele começou a ensinar exclusivamente sobre o Reino de Deus e não parou mais.
A Doutrina de Jesus é especifica: o Reino de Deus.
Seja você mesmo quando estiver a vender
João Batista, de certa forma, foi o pastor de Jesus – como Jesus mesmo disse, para cumprir a lei. Mas, Jesus tornou-se o Mestre, João o discípulo, não se julgava digno de amarrar as sandálias de Jesus. Nós cristãos não deveremos nos ater a ficar pregando unicamente o que nos foi ensinado. Vamos crescendo e sendo chamados para um dia influenciar. Um dia nós seremos os lideres e não os liderados. A ideia é que um dia nós seremos os pregadores oficiais da Igreja, imitados por outros. Ser imitadores dos nossos mestres é mais do que bíblico. Mas precisamos entender que nós precisamos avançar.Seja você mesmo quando estiver a pregar
Quando digo ser você mesmo quando for pregar, não quero dizer sobre maneirismos, ou vestimentas, não é o exterior que aqui está em vista, mas sim o conteúdo do que se é pregado. As Sagradas Escrituras é uma compilação de registros, orientações, pensamentos, doutrinas e muitos outros itens, que durante séculos foram sendo transmitidos oralmente e por fim grafados e compilados, formando um único livro, A Bíblia.Não dá para expormos tudo ao mesmo tempo. Há a necessidade da definição do nosso campo de pregação. Só um cara muito bom, pode pregar sobre um monte de coisas sem se enrolar em alguma delas. Eleja um único tema por pregação.
Ser você mesmo quando for pregar tem ainda outro sentido: pregar-se o que se tem afinidade, pregar no seu chamado. Um irmão há muitos anos atrás disse que poderia começar a pregar em qualquer tema, mas ele tinha que falar sobre certa mensagem ou tema, e enquanto desenvolvia o assunto, então o Espírito descia e a unção era derramada no culto. Precisamos saber para o que fomos chamados.
Qual é a mensagem que Deus te manda pregar?
Jesus tinha praticamente uma única mensagem: O Reino de Deus. Jesus só pregou o Reino de Deus.
Seja apaixonado pelo que você vende
Acredito que aquele que tem a capacidade de se comover com a palavra de Deus, é quem é diretamente afetado por ela. Se não acreditarmos no que estamos vendendo, como é que vamos realizar a venda com sucesso? Existem produtos que se vendem sozinhos, outros não.No caso da pregação, o produto: A Palavra de Deus se vende sozinha; tanto é que ser purista, exegético, teológico, na pregação, é o melhor caminho. Não é necessário acrescentar absolutamente nada na Palavra para ela dizer o que diz. Aliás, somos alertados a não fazê-lo, sob pena de maldição.
Como alguém que não ama ler a Bíblia e estudá-la pode almejar se tornar um bom pregador? Como alguém que já velho no Evangelho, e sendo pregador, nunca leu a sua Bíblia? Como alguém vai pregar o que não sabe? Os Seminários são um apoio ao que está na Bíblia e não o contrário.
Seja um apaixonado pela pregação
Devemos ser defensores da Palavra de Deus e não espalhadores de ovelhas, evitando as polemicas. Melhor faz o pregador que é um amante das doutrinas. A pregação serve para o culto imediato; mas o ensino das doutrinas é o que causa a perpetuação da Igreja. O livro de Josué mostra o quanto àquela geração foi imediatista e usufruíram o que tinham, até esgotar. No próximo livro da Bíblia, em ordem direta, que é o livro de Juízes, lemos que uma única geração após Josué, seus filhos não conheciam a Palavra de Deus e nem a Deus. Consulte aqui Juízes 2:6-16O capitulo dois de Juízes é trágico, ao nos mostrar a incompetência dos líderes de Israel em ensinar os princípios básicos que eles deveriam saber. Uma única geração após e esses “filhos”, nunca tinham ouvido falar de Deus. Impressionante, não é? Se a salvação dependesse dos homens, o assunto salvação teria se encerrado ali mesmo. O fundo do poço da negligência do ensino bíblico, uma geração inteira que não conhecia ao Senhor.
Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel. Juízes 2:10
Infelizmente o mesmo mal de Juízes ocorre ainda hoje: vejo muitas igrejas que não ensinam as doutrinas básicas do evangelho. A sua pregação fica apenas no imediatismo superficial. Esse imediatismo está matando a próxima geração.
Ser apaixonado pela pregação compete também defender a Palavra, para que possa ela ser transmitida para as próximas gerações. E nunca a Palavra de Deus foi tão combatida como em nossos dias. Mas como vamos defendê-la se não a conhecemos?
O apaixonado pela pregação é aquele que até pagaria, para exercer o cargo de pregador. O verdadeiro pregador é tão apaixonado que se entristece, quando o povo não lhe presta atenção. O verdadeiro pregador é aquele que passando por provas de fogo, ainda assim se recreia elaborando sermões e suas estruturas. O filho está morrendo, a esposa está de cama, ele está com dor, mas o seu recreio é procurar mais um sermão na Bíblia, mais uma Palavra que possa falar com a comunidade e quiçá com essa geração.
Tenha como propósito ajudar o máximo de pessoas possíveis
Eu tenho o costume de dizer que somos uma das duas únicas classes de pessoas: ou somos os que ajudam, ou somos os que atrapalham. Aquilo que faço está ajudando alguém?A Palavra que o pregador prega, ele a prega por quê? Enquanto a pessoa não for interpelada claramente, sobre o seu chamado, se é real ou não, como ela irá pregar? Algumas perguntas são necessárias: Você tem certeza absoluta que Deus te chamou para pregar, ou é uma mera satisfação pessoal? Você é dividido entre a pregação e outro cargo na Igreja, como cantar, por exemplo? Você entende que Deus está te usando na pregação, ou existe outro motivo para pregar? Será que o seu desejo de pregar não é somente desejo de estar à frente, em evidência? Você é um pregador que prega a Bíblia, ou é daqueles que não falam coisas para não ofender os irmãos?
Nós não vamos ajudar ninguém, como pregadores, passando a mão no pelo das ovelhas, alisando-os constantemente. Assim como também não vamos ajudar se só tivermos um cajado para tratar com a ovelha.
O pregador não prega para si, essa é uma regra áurea, o pregador prega para o ouvinte. A mensagem que Deus nos dá, não é nossa, mas do ouvinte, por isso que o ouvinte tem que ouvir o que Deus nos manda dizer e não o que queremos falar, ou o que o ouvinte quiser ouvir.
A maior ajuda que penso nesse momento, sobre a palavra pregada, é que ela é e deve servir como resposta a quem ouve. Será que nas suas pregações existem respostas para o ouvinte? Pregamos de modo a responder questões básicas e outras nem tanto, sobre o viver cristão? Ou nossas pregações não acrescentam nada a quem nos ouve? A maior prova de qualquer coisa é o tempo. Um pregador deveria pregar e se gravar e depois de uns tantos meses ou anos, deveria ouvir-se pregando. Será que passamos no teste do tempo para nós mesmos?
Nunca deveríamos nos esquecer de que somos mensageiros de Deus. A nossa mensagem parte do nascimento de Cristo, do cumprimento em sua Pessoa dos elevados princípios de Deus para nossa redenção. Um bom teste que derruba muita gente é: qual foi a ultima vez que você pregou exclusivamente uma doutrina bíblica, apostólica? E a penúltima? A Igreja se perpetua no ensino das doutrinas do Novo Testamento e não na Palavra imediatista.
É um grande erro imaginar que a pregação deve só tratar de nós e do imediato. Caso nossa mensagem enfoque apenas o imediato, ela será rapidamente esquecida. O pregador deve pensar no mais, no futuro e direcionar sua mensagem para edificação e orientação, levando seus ouvintes a pensar nas próximas gerações. Há de haver equilíbrio na exposição da Palavra de Deus.
Será que ajudaremos mais sendo imediatistas, ou sendo escatológicos? Com qual dos dois você acha que Deus vai mais contar?
A melhor maneira de desperdiçar seu púlpito é pregar seus próprios pensamentos em lugar dos pensamentos de Deus.
Autor: Juraci Rocha é Consultor de Expressão Verbal, Ministra Cursos de Liderança Cristã e administra o blog Filhos de Ezequiel.
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Pregação e Pregador