Texto: João 7:46
Introdução: Alexandre, o Grande, certa vez disse a Bertrand, um de seus oficiais: “Conheço os homens”. E digo-lhe que Jesus Cristo não foi apenas um homem. As mentes superficiais vêem certa semelhança entre Cristo e os fundadores de impérios e os deuses de outras religiões. Mas essa semelhança simplesmente não existe.
Esses legisladores gregos ou romanos, esse Numa, esse Licurgo, esses sacerdotes da Índia ou de Mênfis, esse Confúcio, esse Maomé... Que esses outros deuses sabem mais que os mortais? Absolutamente nada.
Introdução: Alexandre, o Grande, certa vez disse a Bertrand, um de seus oficiais: “Conheço os homens”. E digo-lhe que Jesus Cristo não foi apenas um homem. As mentes superficiais vêem certa semelhança entre Cristo e os fundadores de impérios e os deuses de outras religiões. Mas essa semelhança simplesmente não existe.
Esses legisladores gregos ou romanos, esse Numa, esse Licurgo, esses sacerdotes da Índia ou de Mênfis, esse Confúcio, esse Maomé... Que esses outros deuses sabem mais que os mortais? Absolutamente nada.
Nada de novo quanto ao destino de nossas almas, quanto a Deus. Nos santuários pagãos, guerra entre os deuses, esculturas imóveis, eles tem provocado um perfeito caos entre os mortais.
Mas não acontece assim com Cristo. Nele tudo me provoca admiração. Seu espírito me avassala, sua vontade me confunde. Entre Ele e qualquer outra pessoa do mundo não é possível qualquer termo de comparação. Ele é verdadeiramente um Ser em si mesmo.
Bertrand, “se você não percebe que Jesus é Deus, muito bem, nesse caso eu errei quando fiz de você um general.”
Mas não acontece assim com Cristo. Nele tudo me provoca admiração. Seu espírito me avassala, sua vontade me confunde. Entre Ele e qualquer outra pessoa do mundo não é possível qualquer termo de comparação. Ele é verdadeiramente um Ser em si mesmo.
Bertrand, “se você não percebe que Jesus é Deus, muito bem, nesse caso eu errei quando fiz de você um general.”
Entender a pessoa de Cristo é um dos maiores desafios à raça humana, porque Cristo é simplesmente incomparável. Mesmo nos evangelhos, onde encontramos a legítima fonte sobre a pessoa dEle, há sempre um profundo questionamento sobre quem é Jesus.
Uma das perguntas mais frequentes é esta: Quem é este?
Os escribas e fariseus ficavam atônitos com a personalidade de Cristo:
E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Lucas 5:21
Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Lucas 7:49
Os próprios discípulos manifestavam medo e admiração diante de Cristo:
Então, lhes disse: Onde está a vossa fé? Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros: Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende, e lhe obedecem? Lucas 8:25
Herodes, o grande rei mostrava-se visivelmente ameaçado pelo que ouvia dizer de Jesus:
Herodes, porém, disse: Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas? E se esforçava por vê-lo. Lucas 9:9
O povo de Jerusalém vendo o alvoroço dos discípulos de Jesus perguntava:
E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? Mateus 21:10
Com certeza, não pode ter havido personalidade mais extraordinária na história que a de Cristo. Ninguém jamais pode ficar indiferente a Jesus Cristo. Você pode amá-lo, adorá-lo e admirá-lo. Você pode odiá-lo, desprezá-lo, persegui-lo, mas jamais ficar indiferente a Ele. Todos terão que se posicionar sobre Cristo.
O que os homens disseram dele no evangelho?
- Os Judeus diziam que Jesus era endemoninhado, João 8.52;
- Os fariseus diziam que Jesus era um pecador como outro qualquer, João 9:24;
- Os sacerdotes diziam que Jesus era um enganador, embusteiro do povo, João 7.12; Mateus 27.63;
- O povo dizia que ele era o retorno de João Batista, outros Elias, outros Jeremias, ou algum dos profetas mais conhecidos.
- Até mesmo os discípulos pensaram que Jesus fosse um fantasma quando Ele apareceu no meio da noite andando sobre as ondas bravias do mar. (Mateus 14.26
Se a essência da fé cristã é seguir a Cristo, quem é esse a quem servimos e adoramos?
Mas antes que você possa responder a pergunta, quero lhe apresentar um retrato simples, porém fidedigno, dessa personalidade incomparável que é Jesus Cristo.
Mas quero adverti-lo antes de tudo, que é imprescindível uma atitude de humildade para entender Jesus. Estamos diante da pessoa mais bela, moralmente perfeita e gloriosa que a raça humana jamais viu.
Ele é a imagem do Deus invisível, portanto, Jesus é o mais próximo de Deus que podemos chegar. Tire as sandálias dos pés do seu orgulho e caminhe humildemente por uma terra santíssima até que chegue aos pés do Cristo Incomparável.
O nosso texto é uma declaração de uma escolta de oficiais romanos, acostumada a enfrentar rebeliões, motins, assassinos enfurecidos, ladrões violentos. Eram homens que sabiam revidar com extrema brutalidade toda forma de agressão. A missão de prender e escoltar Jesus, apenas um pregador, pareceu de início um ‘passeio’ para homens tão preparados para a violência.
Mas cometeram o ‘erro’ de pararem para ouvir o final da pregação de Jesus. E subitamente, seus corações foram tomados de admiração e temor por Jesus. Quem sabe, foram os últimos a tomarem a decisão de crerem em sua palavra, mas assim mesmo, o fizeram. Ao voltarem pra o quartel, a questão era – como justificar o não cumprimento da missão? A saída era dizer:
- Ninguém jamais falou como esse homem.
Por que? Por que Jesus exercia tal poder sobre a mente e o coração dos homens?
I. Jesus é incomparável, pela perfeição do seu caráter.
Em primeiro lugar, Jesus causava admiração por seu caráter. O caráter define as intenções, e as intenções dão autenticidade às palavras e atitudes. O caráter é definido por virtudes e fraquezas. Algumas personalidades são identificadas por suas virtudes e fraquezas. Jó foi paciente, Moisés foi manso, Abraão foi amigo de Deus, João (apóstolo) foi discípulo amoroso. A singularidade no caráter de Cristo é que nele não há pontos fracos.Veja por exemplo, a combinação dos extremos.
a) Alegria e seriedade.
Jesus nos conquista pelo perfeito equilíbrio em ser uma pessoa sóbria e bem humorada, alegre e ao mesmo tempo sofrida. Normalmente essas emoções identificam pessoas – você diz que Jô Soares é alegre, e Pedro Malan é sério. Mas em Cristo, essas emoções se manifestavam em perfeita harmonia. Jesus mesmo disse:
Eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa. João 15.11
Jesus não repartiria sua alegria se não a tivesse de maneira a contagiar os discípulos. Veja essa declaração:
Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros. Hb 1.9
Gosto disso. É uma alegria tão rica, tão abundante, que ninguém jamais pode ter experimentado maior emoção. Daí o senso de humor de Jesus. Imagine Jesus numa roda contando uns ‘causos’ que nós conhecemos como parábolas. Você precisa ser oriental para entender o senso de humor de Jesus. Alguns exemplos do seu santo humor:
- ‘é mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha. (Mateus 19:24)
- “Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lucas 15.19-20
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Lucas 6.41
No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. João 16.33
Jesus sabia chorar com a família de Lázaro, sabia se entristecer por um povo andava como ovelha que não tem pastor, sabia sentir compaixão quando faltava fé num pai que pede um milagre para o seu filho. Por isso Isaías dizia dele:
...ele suportou dores e sofrimentos sem fim. Isaias 53.3
O autor aos Hebreus afirma que “não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Hebreus 4.15
Quando você vai a Cristo, quando você derrama sua alma perante ele, se você estiver alegre, ele entenderá sua alegria, mas se estiver entristecido, ele também o acolherá. Porque alegria e tristeza estavam em perfeita harmonia em seu caráter.
b) Majestade e humildade.
Essa é outra combinação extraordinária. Jesus podia ser magnificente e ao mesmo tempo parecer uma pessoa comum.
Um dos mais arrebatadores mistérios da vida de Cristo é entender como Ele mesmo via a sua condição. Ungido pelo Espírito Santo, Jesus sabia perfeitamente que Ele e o Pai são UM. Jamais se colocava na mesma posição com os homens. Na oração que ensinou aos discípulos, ele começa dizendo: “- Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome;” (Lc 11:2)
Observe esse orardes – ou seja, vocês vão orar assim: Pai nosso. Nunca – nós vamos orar assim. Daí o mistério. Como é que Cristo se equilibrava entre quem ele era, e as limitações impostas pela encarnação? Paulo desvenda o mistério:
“...o qual, subsistindo em forma de Deus, não julgou que o ser igual a Deus fosse coisa de que não devesse abrir mão, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens; e sendo reconhecido como homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Fp 2.6-8
Essa é a chave – Jesus abriu mão de agir como ele tinha o direito de agir. Por isso ele parecia uma pessoa comum, parecia tão humano que para identificá-lo aos soldados romanos, Judas, o traidor, teve que beijá-lo na face para que eles não prendessem o homem errado. Tudo pra evitar que eles prendessem um ‘culpado’ no lugar do inocente...
Majestade e humildade, magnificência e simplicidade, perfeitamente equilibrados na mesma pessoa. Como Jesus mostrava esse equilíbrio entre ser o Messias Todo-poderoso, e o Filho do homem que sabe o que é padecer?
- Como gente, ele sente sede; como Messias, ele transforma água em vinho.
- Como gente, ele sente fome; como Messias, ele é servido por anjos e multiplica pães e peixes e alimenta uma numerosa multidão.
- Como gente, ele se cansa, e dorme num barco em meio a um temporal; como Messias, ele acorda e repreende as forças do vento, a fúria do oceano, estabelece a bonança.
- Como gente, ele se deixa prender por uma escolta de guardas; como Messias, ele pronuncia as palavras – EU SOU, e imediatamente a escolta policial cai ao chão aterrorizada.
- Como gente, ele se deixa esbofetear, se deixa escarnecer, se deixa cuspir; como Messias, ele perdoa os ignorantes que o ferem.
- Como gente, ele entrega espontaneamente a sua vida para ser sacrificada na cruz; como Messias, ele a reassume ao terceiro dia, ressuscitando gloriosamente da morte.
Ele não vai dizer – Olha, você devia sentir vergonha de vir aqui choramingando sobre isso, pra mim isso não é nada...
Não! Cristo sabe o que vai dentro da alma humana. Ele passou por isso, conhece a natureza humana. Não precisa explicar nada pra ele, porque ele foi semelhante a nós, a não ser pelo pecado que nunca cometeu.
Você segue a Cristo? Você está em Cristo? Cristo está em você?
c) Misericórdia e juízo.
Outro notável aspecto da simetria do caráter de Cristo, é que ele sabia ser perfeitamente juiz e perfeitamente advogado. Qualquer pessoa nesse mundo se confunde nisso, julgando quem precisa de compaixão, e condescendendo com quem precisa de repreensão. Dois pesos, duas medidas. Mas Jesus nem por um momento foi impaciente com os pecadores arrependidos, nem conivente com os arrogantes escribas e fariseus.
- Ele foi misericordioso com o cego de nascença, cuja cegueira era tido com maldição por um pecado escondido; mas foi implacável com os fariseus porque criticavam o homem curado que dava testemunho de Jesus:”—Se vocês fossem cegos, não teriam culpa! —respondeu Jesus. —Mas, como dizem que podem ver, então continuam tendo culpa.” João 9.41
- Ele foi misericordioso com a Mulher apanhada em flagrante adultério: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?... Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.”(João 8.10-11) Mas foi implacável com os escribas e fariseus, escrevendo abertamente na areia os segredos mais íntimos, as iniquidades mais escondidas daqueles acusadores.
- Ele foi misericordioso com a mulher que pedia libertação para a sua filha endemoninhada, aquela que disse – os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos, chamando-a de filha; mas foi implacável com Herodes, que queria matá-lo, chamando-o de raposa.
- Aos escribas e fariseus sua palavra era – Ai de vós! Aos humildes de espírito era – Vinde benditos de meu Pai!
II. Jesus é incomparável, pela singularidade das suas virtudes
Virtudes e fraquezas são os elementos básicos de uma personalidade. A capacidade de aprimorar as virtudes e dominar as fraquezas, faz a diferença entre os grandes homens, e os desprezíveis.Mas quando estudamos a pessoa de Jesus Cristo nos evangelhos, chegamos à surpreendente conclusão de que, algumas virtudes humanas se tornariam uma desmoralização na sua gloriosa Personalidade. Veja pelo menos 3 virtudes humanas que jamais poderiam fazer parte da pessoa de Jesus.
ü Mudança de Opinião.
Mudar de opinião demonstra maturidade, avaliação mais acurada. É quando alguém diz: isso não está correto – mas depois diz: eu estava errado. Mudar de opinião mostra iluminação, mostra conhecimento e reconhecimento.
Mas essa virtude jamais foi vista em Cristo. Cristo jamais exagerou em seus discursos; jamais disse meias verdades, jamais disse uma palavra inadvertidamente da qual tivesse se arrependido depois; sua marca distintiva era: Eu porém vos digo!
Certa vez depois de uma pregação os seus discípulos disseram – Mestre, o Senhor pegou duro hoje...desse jeito não fica ninguém...
Resposta de Cristo: Vocês também querem ir embora?
Pedro: Embora pra onde? É o Senhor que tem as palavras de vida eterna.
Sabe qual é a vantagem disso? Se ele não mudou de opinião quando esteve entre os homens, Jesus também não muda de opinião a nosso respeito.
Se Ele receber e adotar você como filho ou filha, nunca vai se arrepender disso, não importa o que aconteça, Deus nunca desiste de nós, nunca desiste de amar, nunca desiste de cuidar, nunca desiste de ouvir.
- Admissão de um Erro.
Não somente com Palavras, mas suas atitudes jamais tiveram que ser justificadas ou explicadas. Jesus propositalmente chegou 4 dias depois da morte de Lázaro, e nunca se justificou perante Marta e Maria. Ele sabia que viria para ressuscitá-lo.
Num mesmo dia, ele amaldiçoou uma figueira quando procurou fruto nela e não achou, e
“entrou no pátio do Templo e começou a expulsar todos os que compravam e vendiam naquele lugar. Derrubou as mesas dos que trocavam dinheiro e as cadeiras dos que vendiam pombas. E não deixava ninguém atravessar o pátio do Templo carregando coisas. E ele ensinava a todos assim: —Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: “A minha casa será chamada de ‘Casa de Oração’ para todos os povos.” Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões!
Imagine, no dia seguinte Pedro se aproximando e dizendo:
- Mestre, que aconteceu contigo ontem?
- Ah, Pedro, não dormi direito, estava com enxaqueca daquelas, estava chutando todo mundo na minha frente, mas hoje estou melhor...
Não! Tudo que Jesus fazia, fazia com uma tremenda autoridade, com toda consciência de quem sabe o que faz. Isso nos leva ao mais profundo aspecto da sua personalidade.
- Confissão de Pecados.
Em novembro de 1945, no palácio da Justiça de Nuremberg, teve início o maior julgamento da história humana. Ali estavam 21 criminosos de guerra, todos do exército alemão, responsáveis pelo extermínio de milhões de pessoas. Foram ouvidas 240 testemunhas, 300 mil declarações, 218 dias de julgamento, 5 milhões de folhas de papel, 11 condenados à morte.
Joachin Von Ribbentrop, 52 anos, ministro das relações exteriores, um dos 11 condenados à morte, antes de ser enforcado dizia – confio apenas no sangue do Cordeiro, Deus tenha misericórdia de minha alma. Wilhelm Keitel, 63, comandante dos exércitos de Hitler, ajoelhou-se à beira da cama e confessou seus pecados ao capelão da prisão: “Que Cristo meu Salvador, fique comigo até o fim.” Hans Frank,45, governador da Polônia durante a guerra, o carrasco da Polônia, foi o primeiro a se confessar culpado de todas as acusações que lhe imputaram. Disse: “Que Deus tenha piedade de nossas almas...este julgamento é da vontade de Deus.”
Isso mostra que mesmo bestas feras como esses comandantes nazistas, podem, pelo arrependimento e confissão, voltar a ser seres humanos.
Mas Jesus, o incomparável, jamais confessou um único pecado sequer.
Isso em qualquer ser humano já seria um pecado pois a bíblia afirma:
Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1 João 1:10
Todos pecaram, não há justo, nenhum sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Qualquer um de nós que não admite pecado ofende a Deus. Confessar nos aproxima de Deus. Mas em Jesus Cristo isso seria uma catástrofe. Mas sua perfeição moral era inquestionável. Ele sabia disso.
Certa vez ele desafiou os seus próprios inimigos dizendo:
Qual de vocês pode provar que eu tenho algum pecado? João 8.46
Ele não pergunta isso pra os seus amigos mais chegados, mas aos escribas e fariseus. Ninguém abriu a boca.
A mulher de Pilatos, no dia do julgamento disse ao marido: “não te envolvas com o sangue desse Justo.”
O próprio Pilatos admitiu: “eu não acho nele crime algum.”
Um centurião romano que supervisionava a morte de Jesus confessou: “Este homem verdadeiramente era Filho de Deus.”
III. Jesus é incomparável pela singularidade da sua natureza
Começamos essa mensagem com uma intrigante e frequente pergunta nos Evangelhos: quem é este?Nessa ultima parte, quero mostrar quem a Bíblia diz ser Jesus Cristo.
- Os Anjos de Deus e os Demônios. Os anjos foram os primeiros a professarem a divindade da natureza de Cristo. E logo o Espírito o impeliu para o deserto, onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam. Marcos 1.12.-13 Parece ironia, mas os piores inimigos de Cristo foram os primeiros a confessarem sua realeza.Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus. Marcos 1.24
- Seus Discípulos. Durante muito tempo Jesus foi uma incógnita pra eles. Quem é este? Que acalma o mar, que perdoa pecados, da vista aos cegos, liberta os cativos, ressuscita mortos? A revelação de quem Cristo é, foi um processo gradativo na mente dos apóstolos. A primeira declaração de entendimento de quem Jesus era, veio de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Mateus 16:16
- Deus o Pai. O mais contundente de todos os testemunhos vem de Deus mesmo, o Pai. O que Deus disse a Jesus Cristo, jamais disse a homem algum.
A bíblia chama Abraão de Amigo de Deus, fala de Moisés como sendo Deus para Arão, fala de Davi como o homem segundo o coração de Deus, mas somente a uma pessoa, o Deus todo-poderoso manifestou a sua paixão: Cristo.
Logo no começo do seu ministério, Deus disse:
Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.(Marcos 1:11)
O significado dessa declaração é profundo. Porque filhos e amados todos os eleitos em Cristo são de Deus. Mas somente a Jesus, Deus pode dizer – tenho alegria. Deus se diverte, encontra felicidade, acha todo o prazer em seu Filho Jesus Cristo.
Por que Deus se alegra em Jesus?
- Perfeita semelhança; Deus e Jesus são da mesma natureza divina. Quando Deus Pai olha Jesus Cristo, aprecia a beleza perfeita aos padrões divinos. O Apóstolo Paulo afirma: “...porque aprouve a Deus que nele habitasse toda a plenitude...porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” Cl 1.19; 2.9 Portanto – “Tu és meu Filho amado, em ti me alegro”.
- Perfeita submissão; Outro motivo da alegria de Deus em Jesus é a sua perfeita obediência. Quem pode entender o diálogo entre Jesus e o Pai no Getsêmane? E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres. Mc 14.36 Esse é um momento muito especial na vida de Cristo. Ele pergunta se há outro modo de obter a redenção dos eleitos sem que ele sofra o castigo e sem que Deus Pai sofra em castigar o Filho. Sabe que o Pai terá uma missão muito difícil e penosa – moer, traspassar e castigar o Filho amado. Sabe que ele será o Cordeiro que será imolado. Sabe que Deus Pai aplicará a pena justa para cada pecado. Mas das profundezas de uma alma angustiada, vem o grito de uma incondicional entrega: - seja feita a tua vontade. Portanto - – “Tu és meu Filho amado, em ti me alegro”.
- Perfeita pureza; Outra alegria para Deus em Jesus Cristo é a sua absoluta pureza. Para Deus a beleza não está nas cores mas, na perfeita ausência de mancha. O salmista diz: Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras. Salmos 96:9. Jesus foi criança, foi um adolescente com irmãos e irmãs em casa. Imagine todos aqueles anos com uma numerosa família sem nunca ter ofendido alguém, sem nunca ter irritado um de seus irmãos, sem nunca ter tomado partido, sem nunca ter participado de nada que manchasse a santidade de Deus.
- Perfeita comunhão; Por que Deus nunca se sentiu sozinho antes da criação do universo e dos santos anjos?
Mateus 11:27 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
João 10:30 Eu e o Pai somos um.
Você sabe porque o Pai era a primeira Pessoa que Jesus procurava pela manha?
Você sabe porque o Pai era a ultima Pessoa com quem Jesus conversava antes de descansar? Perfeita comunhão. Perfeito relacionamento.
A única vez que esse relacionamento foi interrompido, foi por nossa causa, la na cruz, quando Jesus disse: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Desafio
Comecei essa mensagem com uma notável declaração de Alexandre o Grande: “Bertrand, se você não percebe que Jesus é Deus, muito bem, nesse caso eu errei quando fiz de você um general.”Hoje eu falei sobre o caráter, virtudes e a natureza de Jesus. Se você não percebe que Jesus é Deus, então Deus, somente Deus pode tirá-lo da escuridão e iluminar o seu entendimento.
Cada um de nós tem uma decisão a tomar sobre Jesus Cristo. É impossível ficar indiferente a Ele.
Quem é Jesus Cristo para você? Um revolucionário? Um Mártir? Um grande filósofo?
A única maneira de compreender quem realmente Cristo é, é confessar como Pedro: Tu és o Cristo (messias) o Filho do Deus vivo. Primeiro você entrega, depois você compreende. Primeiro você reconhece, depois conhece. Submissão vem antes da admiração.
Jesus certa vez curou um cego de nascença, aplicando saliva no seu olho e mandando que o homem se lavasse no tanque Siloé. Dias depois, Jesus o encontrou e perguntou: —Você crê no Filho do Homem? Ao que o homem respondeu: —Senhor, quem é o Filho do Homem para que eu creia nele?
Jesus disse: —Você já o viu! É ele que está falando com você!
—Eu creio, Senhor! —disse o homem. E se ajoelhou diante dele.
O que você está esperando para colocar toda a sua confiança em Cristo? Se você observar atentamente, vai vê-lo em muitos momentos da sua vida, guardando sua vida, cuidando, preservando do mal, preparando esse momento para que você o encontre.
Quem é este, que tão persistentemente tem procurado se revelar a você?
- É Jesus, a luz do mundo para os que andam na escuridão;
- É Jesus, o pão da vida para as almas famintas;
- É Jesus, a água viva para os corações sedentos;
- É Jesus, o único caminho para os perdidos;
- É Jesus, a única verdade para os desiludidos;
- É Jesus, o Messias de Deus.
Pr. Edilson Botelho
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Esboços de Sermões
Pr. Edilson Botelho, autor do sermão "Jesus, o incomparável", quem disse a frase que o senhor atribuiu a Alexandre o Grande, foi, na verdade, Napoleão Bonaparte. Alexandre o Grande viveu quase 300 anos antes de Cristo.
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