As 7 Dispensações: Entendendo os Períodos da História Bíblica

Introdução: O que são as Dispensações?

As dispensações são um conceito central na teologia cristã, especialmente no estudo da Bíblia e do plano divino para a humanidade. Em termos simples, uma dispensação pode ser entendida como um período distinto em que Deus se relaciona com a humanidade de uma maneira específica, revelando Sua vontade e estabelecendo responsabilidades para os seres humanos. Cada dispensação representa uma etapa no grande plano de redenção e restauração que Deus tem para o mundo.

Estudar as dispensações é essencial para compreender como a história bíblica se desenrola de forma coerente e proposital. Elas nos ajudam a ver a mão de Deus agindo ao longo do tempo, desde a criação até a consumação final de Seu reino. Ao analisar cada dispensação, podemos identificar padrões de obediência, pecado, julgamento e graça, que nos ensinam valiosas lições sobre a natureza de Deus e o papel da humanidade em Seu plano.

Neste artigo, vamos explorar cada uma das 7 dispensações de maneira clara e envolvente, destacando seus principais eventos, personagens e lições. Nosso objetivo é fornecer uma visão geral que não apenas informe, mas também inspire uma reflexão mais profunda sobre como essas dispensações se conectam à nossa fé e ao nosso cotidiano. Prepare-se para embarcar em uma jornada fascinante através da história bíblica, descobrindo como Deus age de maneira poderosa e amorosa em cada etapa da relação com a humanidade.

As 7 Dispensações: Entendendo os Períodos da História Bíblica

O Que é a Teologia Das Dispensações?

Teologia das Dispensações, também conhecida como Dispensacionalismo, é um sistema teológico que divide a história bíblica em períodos distintos, chamados de dispensações. Cada dispensação representa uma maneira específica como Deus se relaciona com a humanidade, estabelecendo responsabilidades, revelando Sua vontade e testando a obediência humana. Esse conceito ganhou destaque no século XIX, principalmente através dos trabalhos de teólogos como John Nelson Darby e, posteriormente, foi popularizado pela Bíblia de Referência Scofield.

A origem do dispensacionalismo está ligada à interpretação literal das Escrituras, especialmente no que diz respeito às profecias bíblicas. Ele enfatiza a distinção entre Israel e a Igreja, acreditando que as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento serão cumpridas de maneira literal no futuro, durante o reino milenial de Cristo.

Diferença entre Dispensações e Alianças Bíblicas

Embora as dispensações e as alianças bíblicas estejam interligadas, elas não são a mesma coisa. As alianças são pactos específicos que Deus fez com indivíduos ou grupos (como a aliança com Abraão ou a Nova Aliança em Cristo), prometendo bênçãos e estabelecendo condições. Já as dispensações são períodos mais amplos que abrangem essas alianças, focando na administração divina da humanidade e na resposta humana à revelação de Deus.

Por exemplo, a Aliança Mosaica (a Lei dada a Moisés) faz parte da Dispensação da Lei, mas a dispensação em si inclui não apenas a Lei, mas também o contexto histórico e as interações de Deus com o povo de Israel durante esse período.

Por que esse tema é relevante para os cristãos hoje?

A Teologia das Dispensações é relevante porque nos ajuda a entender a coerência e a progressão do plano divino ao longo da história. Ela mostra como Deus age de maneira ordenada e proposital, revelando Sua natureza e Seu amor pela humanidade em cada etapa. Além disso, ao estudar as dispensações, os cristãos podem:

1.   Compreender melhor a Bíblia: As dispensações fornecem uma estrutura para interpretar as Escrituras, conectando eventos e temas de maneira lógica.

2.   Aprofundar a fé: Ao ver como Deus age em cada período, somos encorajados a confiar em Seu controle soberano sobre a história.

3.   Viver com propósito: Entender as responsabilidades humanas em cada dispensação nos desafia a viver de maneira obediente e consciente do papel que desempenhamos no plano de Deus.

Em resumo, a Teologia das Dispensações não é apenas um estudo acadêmico, mas uma ferramenta poderosa para fortalecer nossa fé e nos conectar mais profundamente com a história e o propósito de Deus para o mundo.

1. A Dispensação da Inocência (Jardim do Éden)

Dispensação da Inocência é o primeiro período da história bíblica, descrito em Gênesis 1-3. Este foi um tempo de perfeição e harmonia, onde Deus criou o mundo e colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, um lugar de beleza e abundância. Tudo era "muito bom" (Gênesis 1:31), e o homem desfrutava de um relacionamento íntimo e direto com o Criador.

Contexto Bíblico: Gênesis 1-3

Nessa dispensação, Deus criou o universo, a Terra e todos os seres vivos. Ele formou o homem à Sua imagem e semelhança, dando-lhe domínio sobre a criação (Gênesis 1:26-28). Adão e Eva foram colocados no Éden, onde tinham acesso a tudo, exceto à árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse foi o único mandamento dado por Deus, servindo como um teste de obediência e confiança.

Responsabilidade do Homem: Cuidar do Éden e Obedecer a Deus

Adão e Eva receberam duas responsabilidades principais: cultivar e guardar o Jardim do Éden (Gênesis 2:15) e obedecer ao mandamento de Deus de não comer do fruto da árvore proibida (Gênesis 2:16-17). Essas tarefas refletiam a confiança e a autoridade que Deus concedeu ao homem, bem como a necessidade de dependência e submissão ao Criador.

O Pecado Original e Suas Consequências

Infelizmente, essa dispensação foi marcada pela queda. Seduzidos pela serpente, Adão e Eva desobedeceram a Deus, comendo do fruto proibido (Gênesis 3:6). Esse ato de rebelião, conhecido como pecado original, trouxe consequências devastadoras:

  • morte espiritual (separação de Deus) e, posteriormente, a morte física.
  • maldição da Terra, tornando o trabalho árduo e penoso.
  • expulsão do Éden, perdendo o acesso à árvore da vida e à presença direta de Deus.

Lições para os Dias Atuais

A Dispensação da Inocência nos ensina lições profundas que ainda ressoam hoje:

1.   A importância da obediência: A desobediência de Adão e Eva nos lembra que o pecado sempre traz consequências. Obedecer a Deus é essencial para viver em harmonia com Ele.

2.   A responsabilidade humana: Assim como Adão e Eva foram encarregados de cuidar da criação, nós também somos chamados a ser mordomos fiéis da Terra e dos recursos que Deus nos deu.

3.   A necessidade de redenção: A queda revela a fragilidade humana e a necessidade de um Salvador. Jesus Cristo, o "último Adão" (1 Coríntios 15:45), veio para restaurar o que foi perdido e nos reconciliar com Deus.

Em resumo, a Dispensação da Inocência nos mostra a beleza do plano original de Deus, as consequências trágicas do pecado e a esperança de restauração que encontramos em Cristo. É um chamado para vivermos em obediência e gratidão, reconhecendo a bondade e a soberania de Deus em nossas vidas.

2. A Dispensação da Consciência (Adão ao Dilúvio)

Dispensação da Consciência abrange o período desde a queda de Adão e Eva até o Dilúvio, descrito em Gênesis 4-8. Após serem expulsos do Éden, Adão e Eva e seus descendentes passaram a viver em um mundo marcado pelo pecado, mas também pela capacidade de discernir entre o bem e o mal. Essa dispensação é chamada de "Consciência" porque, durante esse tempo, os seres humanos eram guiados por sua consciência, embora ainda estivessem sob a influência do pecado.

Período: de Adão até o Dilúvio

Este foi um tempo de grandes contrastes. Por um lado, a humanidade começou a se multiplicar e a desenvolver habilidades, como a agricultura, a criação de animais e a metalurgia (Gênesis 4:20-22). Por outro, o pecado se espalhou rapidamente, culminando em um cenário de violência e corrupção generalizada (Gênesis 6:5).

Papel da Consciência Humana Após a Queda

Após a queda, a consciência humana tornou-se o principal meio pelo qual as pessoas discerniam o certo e o errado. No entanto, sem a orientação direta de Deus, a consciência foi facilmente corrompida. A história de Caim e Abel (Gênesis 4) ilustra isso: Caim, embora soubesse que matar seu irmão era errado, permitiu que o pecado dominasse seu coração.

Aumento do Pecado e a Necessidade do Julgamento Divino

A maldade humana cresceu tanto que "toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gênesis 6:5). Diante dessa situação, Deus decidiu enviar um julgamento global por meio do Dilúvio, destruindo toda a vida na Terra, exceto Noé, sua família e os animais que estavam na arca.

A História de Noé e a Arca como Símbolo de Redenção

Noé foi um homem justo que "andou com Deus" (Gênesis 6:9). Ele recebeu a missão de construir uma arca para salvar sua família e os animais da destruição. A arca é um poderoso símbolo de redenção e fidelidade de Deus, mostrando que Ele sempre preserva um remanescente fiel, mesmo em meio ao julgamento. O Dilúvio também aponta para a necessidade de um Salvador definitivo, que nos liberte do pecado e da morte.

3. A Dispensação do Governo Humano (Pós-Dilúvio)

Dispensação do Governo Humano começa após o Dilúvio e se estende até o evento da Torre de Babel, conforme descrito em Gênesis 9-11. Nesse período, Deus estabeleceu o governo humano como um meio de manter a ordem e a justiça na sociedade, delegando aos seres humanos a responsabilidade de administrar a vida em comunidade.

Contexto: Após o Dilúvio até a Torre de Babel

Após o Dilúvio, Deus fez uma aliança com Noé, prometendo nunca mais destruir a Terra com água e estabelecendo o arco-íris como sinal dessa promessa (Gênesis 9:12-17). No entanto, a humanidade continuou a demonstrar sua inclinação para o pecado, como visto na construção da Torre de Babel.

Deus Estabelece o Governo Humano para Manter a Ordem

Nessa dispensação, Deus deu aos seres humanos a autoridade para governar uns aos outros, incluindo a responsabilidade de punir crimes como o assassinato (Gênesis 9:6). Esse foi um passo importante na organização da sociedade, reconhecendo a necessidade de leis e estruturas para conter a maldade humana.

A Dispersão das Nações e a Confusão das Línguas

A construção da Torre de Babel (Gênesis 11) foi um ato de rebelião contra Deus, pois os homens buscaram fazer um nome para si mesmos e evitar se espalhar pela Terra, como Deus havia ordenado. Em resposta, Deus confundiu suas línguas e os dispersou pelo mundo, dando origem às diferentes nações e culturas.

Reflexões sobre a Responsabilidade Humana no Governo

A Dispensação do Governo Humano nos ensina que:

1.   Autoridade e responsabilidade andam juntas: Aqueles que governam devem fazê-lo com justiça e temor a Deus.

2.   A rebelião contra Deus tem consequências: A história da Torre de Babel mostra que tentativas humanas de independência de Deus sempre falham.

3.   A diversidade humana é parte do plano de Deus: A dispersão das nações e a variedade de línguas refletem a criatividade e a soberania divina.

Em resumo, essa dispensação nos desafia a refletir sobre como exercemos nossa autoridade e responsabilidade, seja no governo, na família ou na sociedade, sempre buscando honrar a Deus e cumprir Seus propósitos.

4. A Dispensação da Promessa (Abraão até Moisés)

Dispensação da Promessa marca um período crucial na história bíblica, iniciando-se com o chamado de Abraão e estendendo-se até o tempo de Moisés. Esse período é central no plano de Deus, pois estabelece as bases para a formação de uma nação escolhida e a promessa de um Redentor que viria para abençoar todas as famílias da Terra.

Chamado de Abraão e a Promessa de uma Nação Escolhida

Deus chamou Abraão (originalmente Abrão) para deixar sua terra e sua parentela, prometendo fazer dele uma grande nação, abençoá-lo e abençoar todas as famílias da Terra através dele (Gênesis 12:1-3). Essa promessa foi o início de um relacionamento especial entre Deus e o povo de Israel, os descendentes de Abraão.

A Aliança com Abraão e Seus Descendentes

Deus estabeleceu uma aliança com Abraão, prometendo-lhe terra, descendência e bênção espiritual (Gênesis 15, 17). A aliança foi selada com o sinal da circuncisão e confirmada através de milagres, como o nascimento de Isaque em uma idade avançada. Essa aliança não dependia das obras de Abraão, mas de sua  e da fidelidade de Deus.

Lições sobre Fé e Fidelidade às Promessas de Deus

A vida de Abraão nos ensina lições valiosas:

1.   A importância da fé: Abraão creu em Deus mesmo quando as circunstâncias pareciam impossíveis (Romanos 4:18-21).

2.   A fidelidade de Deus: As promessas de Deus são imutáveis e Ele cumpre o que promete, mesmo que demore.

3.   O plano universal de Deus: A promessa a Abraão aponta para Jesus Cristo, o descendente que traria salvação a todas as nações (Gálatas 3:16).

5. A Dispensação da Lei (Moisés até Jesus Cristo)

Dispensação da Lei começa com a entrega da Lei a Moisés no Monte Sinai e se estende até a vinda de Jesus Cristo. Esse período foi marcado pela revelação detalhada da vontade de Deus para o povo de Israel, estabelecendo padrões de santidade e um sistema de sacrifícios que apontavam para a necessidade de um Salvador.

Entrega da Lei no Monte Sinai

Após libertar Israel da escravidão no Egito, Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos e outras leis no Monte Sinai (Êxodo 20). Essas leis cobriam aspectos morais, civis e cerimoniais, servindo como um guia para o povo viver em santidade e comunhão com Deus.

Papel da Lei como Guia e Revelação da Santidade de Deus

A Lei tinha três propósitos principais:

1.   Revelar a santidade de Deus: Mostrava o padrão perfeito de justiça e pureza que Deus exige.

2.   Identificar o pecado: A Lei expunha a incapacidade humana de cumprir plenamente os mandamentos de Deus (Romanos 3:20).

3.   Guiar o povo de Israel: Fornecia instruções práticas para a vida diária e o culto a Deus.

Limitações da Lei e a Necessidade de um Salvador

Apesar de sua importância, a Lei tinha limitações:

  • Não podia salvar: A Lei revelava o pecado, mas não tinha poder para removê-lo (Romanos 8:3).
  • Exigia sacrifícios contínuos: Os sacrifícios de animais eram temporários e apontavam para a necessidade de um sacrifício perfeito e definitivo.

Conexão com o Novo Testamento

Jesus Cristo cumpriu a Lei perfeitamente e trouxe um novo pacto baseado na graça e na fé (Mateus 5:17). Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29), cumprindo os sacrifícios da Lei e oferecendo salvação a todos que creem. A Lei, portanto, nos conduz a Cristo, mostrando nossa necessidade dEle (Gálatas 3:24).

  • Dispensação da Promessa: Nos lembra da fidelidade de Deus e da importância de crer em Suas promessas, mesmo quando não vemos o cumprimento imediato.
  • Dispensação da Lei: Revela a santidade de Deus e nossa necessidade de um Salvador, apontando para Jesus Cristo como a solução definitiva para o pecado.

Ambas as dispensações mostram a progressão do plano redentor de Deus, preparando o caminho para a vinda de Cristo e a era da graça que vivemos hoje.

6. A Dispensação da Graça (Igreja até o Arrebatamento)

Dispensação da Graça é o período atual em que vivemos, iniciado com a morte e ressurreição de Jesus Cristo e que se estenderá até o arrebatamento da Igreja. Essa dispensação é marcada pela oferta da salvação pela graça, mediante a fé, e pela atuação poderosa do Espírito Santo na vida dos crentes.

Início com a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo

A Dispensação da Graça começou com o sacrifício de Jesus na cruz, onde Ele pagou o preço pelos pecados da humanidade (João 19:30). Sua ressurreição confirmou Sua vitória sobre a morte e inaugurou uma nova era, na qual a salvação é oferecida a todos, independentemente de origem ou mérito (Efésios 2:8-9).

A Era da Igreja e a Oferta de Salvação pela Graça

Nessa dispensação, a Igreja foi estabelecida como o corpo de Cristo na Terra (Atos 2). A salvação, que antes dependia da obediência à Lei, agora é um dom gratuito de Deus, recebido pela fé em Jesus Cristo (Romanos 6:23). A Igreja tem a missão de proclamar o evangelho a todas as nações (Mateus 28:19-20).

O Papel do Espírito Santo na Vida dos Crentes

O Espírito Santo desempenha um papel central nesta dispensação:

  • Convence o mundo do pecado: Ele nos guia à verdade e nos convence da necessidade de Cristo (João 16:8).
  • Habita nos crentes: Todo cristão é selado com o Espírito Santo, que nos capacita a viver uma vida santa e frutífera (Efésios 1:13-14).
  • Distribui dons espirituais: O Espírito concede dons para edificar a Igreja e cumprir a missão de Deus no mundo (1 Coríntios 12:4-11).

A Expectativa do Arrebatamento e o Fim Desta Dispensação

A Dispensação da Graça terminará com o arrebatamento da Igreja, quando Jesus voltará para levar Seus seguidores para estar com Ele (1 Tessalonicenses 4:16-17). Esse evento marcará o fim da era da Igreja e o início do cumprimento das profecias escatológicas.

7. A Dispensação do Reino (Milênio)

Dispensação do Reino, também conhecida como o Milênio, será um período de mil anos em que Jesus Cristo reinará pessoalmente na Terra. Esse tempo será marcado por justiça, paz e o cumprimento final das promessas de Deus para Israel e para a humanidade.

O Reinado de Cristo na Terra por Mil Anos

Após o arrebatamento da Igreja e a tribulação, Jesus estabelecerá Seu reino na Terra (Apocalipse 20:4-6). Ele governará com justiça e equidade, cumprindo as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento (Isaías 9:6-7). Satanás será preso durante esse período, e a maldade será restringida (Apocalipse 20:1-3).

Restauração Final e Cumprimento das Promessas de Deus

O Milênio será um tempo de restauração:

  • Para Israel: O povo judeu reconhecerá Jesus como o Messias e viverá em segurança e prosperidade (Zacarias 12:10; Romanos 11:26).
  • Para a criação: A Terra será renovada, e a natureza viverá em harmonia (Isaías 11:6-9).
  • Para as nações: Todas as nações se submeterão ao governo de Cristo e experimentarão paz e justiça (Miquéias 4:3-4).

Justiça, Paz e Adoração Universal Durante o Milênio

Durante o reinado de Cristo:

  • Justiça prevalecerá: Jesus julgará com retidão, e a opressão será eliminada (Isaías 11:4).
  • Paz será estabelecida: As guerras cessarão, e as nações viverão em harmonia (Isaías 2:4).
  • Adoração será universal: Todas as nações adorarão a Deus e reconhecerão Sua soberania (Zacarias 14:16-17).

O Julgamento Final e a Eternidade

No final do Milênio, Satanás será solto por um breve período, liderando uma última rebelião, que será rapidamente derrotada (Apocalipse 20:7-10). Em seguida, ocorrerá o julgamento final, onde todos os mortos serão ressuscitados e julgados diante do Grande Trono Branco (Apocalipse 20:11-15). Os salvos entrarão na eternidade com Deus, em um novo céu e uma nova Terra, enquanto os perdidos enfrentarão a separação eterna dEle (Apocalipse 21-22).

  • Dispensação da Graça: Nos lembra da maravilhosa graça de Deus e da esperança que temos em Cristo, tanto para o presente quanto para o futuro.
  • Dispensação do Reino: Aponta para o cumprimento final do plano de Deus, onde a justiça, a paz e a adoração prevalecerão para sempre.

Ambas as dispensações nos inspiram a viver com expectativa, sabendo que o melhor está por vir e que o reino de Deus será estabelecido em plenitude.

Conclusão: Qual é a Importância das 7 Dispensações Hoje?

Ao explorarmos as 7 Dispensações, vimos como Deus age de maneira ordenada e proposital ao longo da história, revelando Seu plano redentor para a humanidade. Desde a criação até o futuro reino de Cristo, cada dispensação nos mostra um aspecto diferente do caráter de Deus e da resposta humana ao Seu chamado. Mas qual é a relevância desse estudo para nós, cristãos, hoje?

Resumo das 7 Dispensações e Seu Significado no Plano Divino

1.   Inocência (Éden): Deus criou um mundo perfeito, mas o pecado trouxe consequências devastadoras.

2.   Consciência (Adão ao Dilúvio): A humanidade foi guiada pela consciência, mas o pecado se multiplicou, levando ao julgamento do Dilúvio.

3.   Governo Humano (Pós-Dilúvio): Deus delegou autoridade aos seres humanos, mas a rebelião na Torre de Babel mostrou a necessidade de direção divina.

4.   Promessa (Abraão a Moisés): Deus fez uma aliança com Abraão, prometendo bênçãos e um Redentor para todas as nações.

5.   Lei (Moisés a Cristo): A Lei revelou a santidade de Deus e a incapacidade humana de cumpri-la, apontando para a necessidade de um Salvador.

6.   Graça (Igreja até o Arrebatamento): A salvação pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, é oferecida a todos.

7.   Reino (Milênio): Cristo reinará na Terra, cumprindo todas as promessas e estabelecendo justiça e paz eternas.

Como Esse Conhecimento Impacta a Fé e a Prática Cristã

Estudar as dispensações nos ajuda a:

1.   Entender a coerência da Bíblia: As dispensações mostram como o Antigo e o Novo Testamento estão interligados, revelando um único plano divino.

2.   Aprofundar nossa fé: Ao ver a fidelidade de Deus em cada período, somos encorajados a confiar em Seu controle soberano sobre a história.

3.   Viver com propósito: Compreender nosso papel na Dispensação da Graça nos motiva a compartilhar o evangelho e viver em obediência a Deus.

4.   Manter a esperança: A promessa do reino milenial e da eternidade com Deus nos dá esperança para o futuro, mesmo em meio às dificuldades atuais.

Convite para Reflexão e Estudo Mais Aprofundado da Bíblia

As 7 Dispensações são mais do que um estudo teológico; elas são um convite para nos aprofundarmos na Palavra de Deus e descobrirmos como Sua história se conecta à nossa vida. Se você deseja entender melhor o plano de Deus e como Ele trabalha em cada era, mergulhe na Bíblia, participe de estudos bíblicos e ore para que o Espírito Santo revele as verdades divinas ao seu coração.

Que esse estudo das dispensações inspire você a viver com fé, esperança e amor, sabendo que faz parte do grandioso plano de Deus para a humanidade. Afinal, como diz Efésios 1:10, Deus está reunindo todas as coisas em Cristo, tanto as que estão nos céus quanto as que estão na Terra. E você faz parte dessa história!

Perguntas Frequentes Sobre as 7 Dispensações

As dispensações são aceitas por todas as denominações cristãs?

Não, as dispensações não são universalmente aceitas por todas as denominações cristãs. A teologia das dispensações é mais comum em círculos evangélicos e fundamentalistas, especialmente entre aqueles que seguem uma interpretação literal da Bíblia. Denominações como as pentecostais e algumas batistas tendem a adotar essa visão. No entanto, outras tradições cristãs, como a católica, a ortodoxa e muitas igrejas protestantes históricas, não seguem o modelo dispensacionalista, preferindo outras abordagens teológicas para entender o plano divino ao longo da história.

Qual a diferença entre dispensações e eras bíblicas?

Embora os termos "dispensações" e "eras bíblicas" possam parecer semelhantes, eles têm significados distintos. As dispensações referem-se a períodos específicos em que Deus se relaciona com a humanidade de maneiras diferentes, estabelecendo responsabilidades e revelações específicas para cada época. Já as "eras bíblicas" são divisões mais amplas da história bíblica, focadas em eventos ou personagens-chave, como a era dos patriarcas ou a era dos reis. Enquanto as dispensações enfatizam a administração divina e a resposta humana, as eras bíblicas são mais descritivas e históricas.

Como as dispensações se relacionam com a escatologia?

As dispensações estão intimamente ligadas à escatologia, que é o estudo das últimas coisas ou dos eventos finais da história humana segundo a Bíblia. O dispensacionalismo ensina que cada dispensação culmina em um julgamento divino, preparando o caminho para a próxima fase do plano de Deus. A escatologia dispensacionalista, em particular, enfatiza eventos futuros como o arrebatamento da Igreja, a Grande Tribulação, o milênio e o juízo final. Esses eventos são vistos como o clímax do plano divino, marcando o fim da dispensação atual e o início de uma nova era sob o governo direto de Cristo.

Postar um comentário

Os comentários deste blog são todos moderados, ou seja, eles são lidos por nós antes de serem publicados.

Não serão aprovados comentários:

1. Não relacionados ao tema do artigo;
2. Com pedidos de parceria;
3. Com propagandas (spam);
4. Com link para divulgar seu blog;
5. Com palavrões ou ofensas a quem quer que seja.

ATENÇÃO: Comentários com links serão excluídos!

Postagem Anterior Próxima Postagem