Introdução: O que são as Dispensações?
As dispensações são um conceito central na teologia cristã, especialmente no estudo da Bíblia e do plano divino para a humanidade. Em termos simples, uma dispensação pode ser entendida como um período distinto em que Deus se relaciona com a humanidade de uma maneira específica, revelando Sua vontade e estabelecendo responsabilidades para os seres humanos. Cada dispensação representa uma etapa no grande plano de redenção e restauração que Deus tem para o mundo.
Estudar as dispensações é essencial para compreender como a
história bíblica se desenrola de forma coerente e proposital. Elas nos ajudam a
ver a mão de Deus agindo ao longo do tempo, desde a criação até a consumação
final de Seu reino. Ao analisar cada dispensação, podemos identificar padrões
de obediência, pecado, julgamento e graça, que nos ensinam valiosas lições
sobre a natureza de Deus e o papel da humanidade em Seu plano.
Neste artigo, vamos explorar cada uma das 7 dispensações de maneira clara e envolvente, destacando seus principais eventos, personagens e lições. Nosso objetivo é fornecer uma visão geral que não apenas informe, mas também inspire uma reflexão mais profunda sobre como essas dispensações se conectam à nossa fé e ao nosso cotidiano. Prepare-se para embarcar em uma jornada fascinante através da história bíblica, descobrindo como Deus age de maneira poderosa e amorosa em cada etapa da relação com a humanidade.
O Que é a Teologia Das Dispensações?
A Teologia das Dispensações, também conhecida
como Dispensacionalismo, é um sistema teológico que divide a
história bíblica em períodos distintos, chamados de dispensações. Cada
dispensação representa uma maneira específica como Deus se relaciona com a
humanidade, estabelecendo responsabilidades, revelando Sua vontade e testando a
obediência humana. Esse conceito ganhou destaque no século XIX, principalmente
através dos trabalhos de teólogos como John Nelson Darby e, posteriormente, foi
popularizado pela Bíblia de Referência Scofield.
A origem do dispensacionalismo está ligada à interpretação
literal das Escrituras, especialmente no que diz respeito às profecias
bíblicas. Ele enfatiza a distinção entre Israel e a Igreja, acreditando que as
promessas feitas a Israel no Antigo Testamento serão cumpridas de maneira
literal no futuro, durante o reino milenial de Cristo.
Diferença entre Dispensações e Alianças Bíblicas
Embora as dispensações e as alianças bíblicas estejam
interligadas, elas não são a mesma coisa. As alianças são
pactos específicos que Deus fez com indivíduos ou grupos (como a aliança com
Abraão ou a Nova Aliança em Cristo), prometendo bênçãos e estabelecendo
condições. Já as dispensações são períodos mais amplos que
abrangem essas alianças, focando na administração divina da humanidade e na
resposta humana à revelação de Deus.
Por exemplo, a Aliança Mosaica (a Lei dada a Moisés) faz
parte da Dispensação da Lei, mas a dispensação em si inclui não apenas a Lei,
mas também o contexto histórico e as interações de Deus com o povo de Israel
durante esse período.
Por que esse tema é relevante para os cristãos hoje?
A Teologia das Dispensações é relevante porque nos ajuda a
entender a coerência e a progressão do plano divino ao longo
da história. Ela mostra como Deus age de maneira ordenada e proposital,
revelando Sua natureza e Seu amor pela humanidade em cada etapa. Além disso, ao
estudar as dispensações, os cristãos podem:
1. Compreender
melhor a Bíblia: As dispensações fornecem uma estrutura para
interpretar as Escrituras, conectando eventos e temas de maneira lógica.
2. Aprofundar
a fé: Ao ver como Deus age em cada período, somos encorajados a
confiar em Seu controle soberano sobre a história.
3. Viver
com propósito: Entender as responsabilidades humanas em cada
dispensação nos desafia a viver de maneira obediente e consciente do papel que
desempenhamos no plano de Deus.
Em resumo, a Teologia das Dispensações não é apenas um
estudo acadêmico, mas uma ferramenta poderosa para fortalecer nossa fé e nos
conectar mais profundamente com a história e o propósito de Deus para o mundo.
1. A Dispensação da Inocência (Jardim do Éden)
A Dispensação da Inocência é o primeiro
período da história bíblica, descrito em Gênesis 1-3. Este foi um
tempo de perfeição e harmonia, onde Deus criou o mundo e colocou Adão e Eva no
Jardim do Éden, um lugar de beleza e abundância. Tudo era "muito bom"
(Gênesis 1:31), e o homem desfrutava de um relacionamento íntimo e direto com o
Criador.
Contexto Bíblico: Gênesis 1-3
Nessa dispensação, Deus criou o universo, a Terra e todos os
seres vivos. Ele formou o homem à Sua imagem e semelhança, dando-lhe domínio
sobre a criação (Gênesis 1:26-28). Adão e Eva foram colocados no Éden, onde
tinham acesso a tudo, exceto à árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse foi
o único mandamento dado por Deus, servindo como um teste de obediência e
confiança.
Responsabilidade do Homem: Cuidar do Éden e Obedecer a Deus
Adão e Eva receberam duas responsabilidades
principais: cultivar e guardar o Jardim do Éden (Gênesis 2:15)
e obedecer ao mandamento de Deus de não comer do fruto da
árvore proibida (Gênesis 2:16-17). Essas tarefas refletiam a confiança e a
autoridade que Deus concedeu ao homem, bem como a necessidade de dependência e
submissão ao Criador.
O Pecado Original e Suas Consequências
Infelizmente, essa dispensação foi marcada pela queda.
Seduzidos pela serpente, Adão e Eva desobedeceram a Deus, comendo do fruto
proibido (Gênesis 3:6). Esse ato de rebelião, conhecido como pecado
original, trouxe consequências devastadoras:
- A morte
espiritual (separação de Deus) e, posteriormente, a morte física.
- A maldição
da Terra, tornando o trabalho árduo e penoso.
- A expulsão
do Éden, perdendo o acesso à árvore da vida e à presença direta de
Deus.
Lições para os Dias Atuais
A Dispensação da Inocência nos ensina lições profundas que
ainda ressoam hoje:
1. A
importância da obediência: A desobediência de Adão e Eva nos lembra
que o pecado sempre traz consequências. Obedecer a Deus é essencial para viver
em harmonia com Ele.
2. A
responsabilidade humana: Assim como Adão e Eva foram encarregados de
cuidar da criação, nós também somos chamados a ser mordomos fiéis da Terra e
dos recursos que Deus nos deu.
3. A
necessidade de redenção: A queda revela a fragilidade humana e a
necessidade de um Salvador. Jesus Cristo, o "último Adão" (1
Coríntios 15:45), veio para restaurar o que foi perdido e nos reconciliar com
Deus.
Em resumo, a Dispensação da Inocência nos mostra a beleza do
plano original de Deus, as consequências trágicas do pecado e a esperança de
restauração que encontramos em Cristo. É um chamado para vivermos em obediência
e gratidão, reconhecendo a bondade e a soberania de Deus em nossas vidas.
2. A Dispensação da Consciência (Adão ao Dilúvio)
A Dispensação da Consciência abrange o
período desde a queda de Adão e Eva até o Dilúvio, descrito
em Gênesis 4-8. Após serem expulsos do Éden, Adão e Eva e seus
descendentes passaram a viver em um mundo marcado pelo pecado, mas também pela
capacidade de discernir entre o bem e o mal. Essa dispensação é chamada de
"Consciência" porque, durante esse tempo, os seres humanos eram
guiados por sua consciência, embora ainda estivessem sob a influência do
pecado.
Período: de Adão até o Dilúvio
Este foi um tempo de grandes contrastes. Por um lado, a
humanidade começou a se multiplicar e a desenvolver habilidades, como a
agricultura, a criação de animais e a metalurgia (Gênesis 4:20-22). Por outro,
o pecado se espalhou rapidamente, culminando em um cenário de violência e
corrupção generalizada (Gênesis 6:5).
Papel da Consciência Humana Após a Queda
Após a queda, a consciência humana tornou-se o principal
meio pelo qual as pessoas discerniam o certo e o errado. No entanto, sem a
orientação direta de Deus, a consciência foi facilmente corrompida. A história
de Caim e Abel (Gênesis 4) ilustra isso: Caim, embora soubesse que matar seu
irmão era errado, permitiu que o pecado dominasse seu coração.
Aumento do Pecado e a Necessidade do Julgamento Divino
A maldade humana cresceu tanto que "toda a imaginação
dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gênesis 6:5).
Diante dessa situação, Deus decidiu enviar um julgamento global por meio
do Dilúvio, destruindo toda a vida na Terra, exceto Noé, sua
família e os animais que estavam na arca.
A História de Noé e a Arca como Símbolo de Redenção
Noé foi um homem justo que "andou com Deus"
(Gênesis 6:9). Ele recebeu a missão de construir uma arca para salvar sua
família e os animais da destruição. A arca é um poderoso símbolo de redenção
e fidelidade de Deus, mostrando que Ele sempre preserva um remanescente
fiel, mesmo em meio ao julgamento. O Dilúvio também aponta para a necessidade
de um Salvador definitivo, que nos liberte do pecado e da morte.
3. A Dispensação do Governo Humano (Pós-Dilúvio)
A Dispensação do Governo Humano começa após
o Dilúvio e se estende até o evento da Torre de Babel, conforme
descrito em Gênesis 9-11. Nesse período, Deus estabeleceu o governo
humano como um meio de manter a ordem e a justiça na sociedade,
delegando aos seres humanos a responsabilidade de administrar a vida em
comunidade.
Contexto: Após o Dilúvio até a Torre de Babel
Após o Dilúvio, Deus fez uma aliança com Noé, prometendo
nunca mais destruir a Terra com água e estabelecendo o arco-íris como sinal
dessa promessa (Gênesis 9:12-17). No entanto, a humanidade continuou a
demonstrar sua inclinação para o pecado, como visto na construção da Torre de
Babel.
Deus Estabelece o Governo Humano para Manter a Ordem
Nessa dispensação, Deus deu aos seres humanos a autoridade
para governar uns aos outros, incluindo a responsabilidade de punir crimes como
o assassinato (Gênesis 9:6). Esse foi um passo importante na organização da
sociedade, reconhecendo a necessidade de leis e estruturas para conter a
maldade humana.
A Dispersão das Nações e a Confusão das Línguas
A construção da Torre de Babel (Gênesis 11) foi um ato de
rebelião contra Deus, pois os homens buscaram fazer um nome para si mesmos e
evitar se espalhar pela Terra, como Deus havia ordenado. Em resposta, Deus
confundiu suas línguas e os dispersou pelo mundo, dando origem às diferentes
nações e culturas.
Reflexões sobre a Responsabilidade Humana no Governo
A Dispensação do Governo Humano nos ensina que:
1. Autoridade
e responsabilidade andam juntas: Aqueles que governam devem fazê-lo
com justiça e temor a Deus.
2. A
rebelião contra Deus tem consequências: A história da Torre de Babel
mostra que tentativas humanas de independência de Deus sempre falham.
3. A
diversidade humana é parte do plano de Deus: A dispersão das nações e
a variedade de línguas refletem a criatividade e a soberania divina.
Em resumo, essa dispensação nos desafia a refletir sobre
como exercemos nossa autoridade e responsabilidade, seja no governo, na família
ou na sociedade, sempre buscando honrar a Deus e cumprir Seus propósitos.
4. A Dispensação da Promessa (Abraão até Moisés)
A Dispensação da Promessa marca um período
crucial na história bíblica, iniciando-se com o chamado de Abraão e
estendendo-se até o tempo de Moisés. Esse período é central no
plano de Deus, pois estabelece as bases para a formação de uma nação escolhida
e a promessa de um Redentor que viria para abençoar todas as famílias da Terra.
Chamado de Abraão e a Promessa de uma Nação Escolhida
Deus chamou Abraão (originalmente Abrão) para deixar sua
terra e sua parentela, prometendo fazer dele uma grande nação, abençoá-lo e
abençoar todas as famílias da Terra através dele (Gênesis 12:1-3). Essa
promessa foi o início de um relacionamento especial entre Deus e o povo de
Israel, os descendentes de Abraão.
A Aliança com Abraão e Seus Descendentes
Deus estabeleceu uma aliança com Abraão,
prometendo-lhe terra, descendência e bênção espiritual (Gênesis 15, 17). A
aliança foi selada com o sinal da circuncisão e confirmada através de milagres,
como o nascimento de Isaque em uma idade avançada. Essa aliança não dependia
das obras de Abraão, mas de sua fé e da fidelidade de Deus.
Lições sobre Fé e Fidelidade às Promessas de Deus
A vida de Abraão nos ensina lições valiosas:
1. A
importância da fé: Abraão creu em Deus mesmo quando as circunstâncias
pareciam impossíveis (Romanos 4:18-21).
2. A
fidelidade de Deus: As promessas de Deus são imutáveis e Ele cumpre o
que promete, mesmo que demore.
3. O
plano universal de Deus: A promessa a Abraão aponta para Jesus Cristo,
o descendente que traria salvação a todas as nações (Gálatas 3:16).
5. A Dispensação da Lei (Moisés até Jesus Cristo)
A Dispensação da Lei começa com a entrega
da Lei a Moisés no Monte Sinai e se estende até a vinda
de Jesus Cristo. Esse período foi marcado pela revelação detalhada
da vontade de Deus para o povo de Israel, estabelecendo padrões de santidade e
um sistema de sacrifícios que apontavam para a necessidade de um Salvador.
Entrega da Lei no Monte Sinai
Após libertar Israel da escravidão no Egito, Deus deu a
Moisés os Dez Mandamentos e outras leis no Monte Sinai (Êxodo
20). Essas leis cobriam aspectos morais, civis e cerimoniais, servindo como um
guia para o povo viver em santidade e comunhão com Deus.
Papel da Lei como Guia e Revelação da Santidade de Deus
A Lei tinha três propósitos principais:
1. Revelar
a santidade de Deus: Mostrava o padrão perfeito de justiça e pureza
que Deus exige.
2. Identificar
o pecado: A Lei expunha a incapacidade humana de cumprir plenamente os
mandamentos de Deus (Romanos 3:20).
3. Guiar
o povo de Israel: Fornecia instruções práticas para a vida diária e o
culto a Deus.
Limitações da Lei e a Necessidade de um Salvador
Apesar de sua importância, a Lei tinha limitações:
- Não
podia salvar: A Lei revelava o pecado, mas não tinha poder para
removê-lo (Romanos 8:3).
- Exigia
sacrifícios contínuos: Os sacrifícios de animais eram temporários
e apontavam para a necessidade de um sacrifício perfeito e definitivo.
Conexão com o Novo Testamento
Jesus Cristo cumpriu a Lei perfeitamente e trouxe um novo
pacto baseado na graça e na fé (Mateus 5:17). Ele é o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo (João 1:29), cumprindo os sacrifícios da Lei e
oferecendo salvação a todos que creem. A Lei, portanto, nos conduz a Cristo,
mostrando nossa necessidade dEle (Gálatas 3:24).
- Dispensação
da Promessa: Nos lembra da fidelidade de Deus e da importância de
crer em Suas promessas, mesmo quando não vemos o cumprimento imediato.
- Dispensação
da Lei: Revela a santidade de Deus e nossa necessidade de um
Salvador, apontando para Jesus Cristo como a solução definitiva para o
pecado.
Ambas as dispensações mostram a progressão do plano redentor
de Deus, preparando o caminho para a vinda de Cristo e a era da graça que
vivemos hoje.
6. A Dispensação da Graça (Igreja até o Arrebatamento)
A Dispensação da Graça é o período atual em
que vivemos, iniciado com a morte e ressurreição de Jesus Cristo e
que se estenderá até o arrebatamento da Igreja. Essa dispensação é
marcada pela oferta da salvação pela graça, mediante a fé, e pela atuação
poderosa do Espírito Santo na vida dos crentes.
Início com a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo
A Dispensação da Graça começou com o sacrifício de Jesus na
cruz, onde Ele pagou o preço pelos pecados da humanidade (João 19:30). Sua
ressurreição confirmou Sua vitória sobre a morte e inaugurou uma nova era, na
qual a salvação é oferecida a todos, independentemente de origem ou mérito
(Efésios 2:8-9).
A Era da Igreja e a Oferta de Salvação pela Graça
Nessa dispensação, a Igreja foi
estabelecida como o corpo de Cristo na Terra (Atos 2). A salvação, que antes
dependia da obediência à Lei, agora é um dom gratuito de Deus, recebido pela fé
em Jesus Cristo (Romanos 6:23). A Igreja tem a missão de proclamar o evangelho
a todas as nações (Mateus 28:19-20).
O Papel do Espírito Santo na Vida dos Crentes
O Espírito Santo desempenha um papel central nesta
dispensação:
- Convence
o mundo do pecado: Ele nos guia à verdade e nos convence da
necessidade de Cristo (João 16:8).
- Habita
nos crentes: Todo cristão é selado com o Espírito Santo, que nos
capacita a viver uma vida santa e frutífera (Efésios 1:13-14).
- Distribui
dons espirituais: O Espírito concede dons para edificar a Igreja
e cumprir a missão de Deus no mundo (1 Coríntios 12:4-11).
A Expectativa do Arrebatamento e o Fim Desta Dispensação
A Dispensação da Graça terminará com o arrebatamento
da Igreja, quando Jesus voltará para levar Seus seguidores para estar com
Ele (1 Tessalonicenses 4:16-17). Esse evento marcará o fim da era da Igreja e o
início do cumprimento das profecias escatológicas.
7. A Dispensação do Reino (Milênio)
A Dispensação do Reino, também conhecida como
o Milênio, será um período de mil anos em que Jesus Cristo reinará
pessoalmente na Terra. Esse tempo será marcado por justiça, paz e o cumprimento
final das promessas de Deus para Israel e para a humanidade.
O Reinado de Cristo na Terra por Mil Anos
Após o arrebatamento da Igreja e a tribulação, Jesus
estabelecerá Seu reino na Terra (Apocalipse 20:4-6). Ele governará com justiça
e equidade, cumprindo as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento (Isaías
9:6-7). Satanás será preso durante esse período, e a maldade será restringida
(Apocalipse 20:1-3).
Restauração Final e Cumprimento das Promessas de Deus
O Milênio será um tempo de restauração:
- Para
Israel: O povo judeu reconhecerá Jesus como o Messias e viverá em
segurança e prosperidade (Zacarias 12:10; Romanos 11:26).
- Para
a criação: A Terra será renovada, e a natureza viverá em harmonia
(Isaías 11:6-9).
- Para
as nações: Todas as nações se submeterão ao governo de Cristo e
experimentarão paz e justiça (Miquéias 4:3-4).
Justiça, Paz e Adoração Universal Durante o Milênio
Durante o reinado de Cristo:
- Justiça
prevalecerá: Jesus julgará com retidão, e a opressão será
eliminada (Isaías 11:4).
- Paz
será estabelecida: As guerras cessarão, e as nações viverão em
harmonia (Isaías 2:4).
- Adoração
será universal: Todas as nações adorarão a Deus e reconhecerão
Sua soberania (Zacarias 14:16-17).
O Julgamento Final e a Eternidade
No final do Milênio, Satanás será solto por um breve
período, liderando uma última rebelião, que será rapidamente derrotada
(Apocalipse 20:7-10). Em seguida, ocorrerá o julgamento final, onde
todos os mortos serão ressuscitados e julgados diante do Grande Trono Branco
(Apocalipse 20:11-15). Os salvos entrarão na eternidade com Deus, em um novo
céu e uma nova Terra, enquanto os perdidos enfrentarão a separação eterna dEle
(Apocalipse 21-22).
- Dispensação
da Graça: Nos lembra da maravilhosa graça de Deus e da esperança
que temos em Cristo, tanto para o presente quanto para o futuro.
- Dispensação
do Reino: Aponta para o cumprimento final do plano de Deus, onde
a justiça, a paz e a adoração prevalecerão para sempre.
Ambas as dispensações nos inspiram a viver com expectativa,
sabendo que o melhor está por vir e que o reino de Deus será estabelecido em
plenitude.
Conclusão: Qual é a Importância das 7 Dispensações Hoje?
Ao explorarmos as 7 Dispensações, vimos como
Deus age de maneira ordenada e proposital ao longo da história, revelando Seu
plano redentor para a humanidade. Desde a criação até o futuro reino de Cristo,
cada dispensação nos mostra um aspecto diferente do caráter de Deus e da
resposta humana ao Seu chamado. Mas qual é a relevância desse estudo para nós,
cristãos, hoje?
Resumo das 7 Dispensações e Seu Significado no Plano Divino
1. Inocência
(Éden): Deus criou um mundo perfeito, mas o pecado trouxe
consequências devastadoras.
2. Consciência
(Adão ao Dilúvio): A humanidade foi guiada pela consciência, mas o
pecado se multiplicou, levando ao julgamento do Dilúvio.
3. Governo
Humano (Pós-Dilúvio): Deus delegou autoridade aos seres humanos, mas a
rebelião na Torre de Babel mostrou a necessidade de direção divina.
4. Promessa
(Abraão a Moisés): Deus fez uma aliança com Abraão, prometendo bênçãos
e um Redentor para todas as nações.
5. Lei
(Moisés a Cristo): A Lei revelou a santidade de Deus e a incapacidade
humana de cumpri-la, apontando para a necessidade de um Salvador.
6. Graça
(Igreja até o Arrebatamento): A salvação pela graça, mediante a fé em
Jesus Cristo, é oferecida a todos.
7. Reino
(Milênio): Cristo reinará na Terra, cumprindo todas as promessas e
estabelecendo justiça e paz eternas.
Como Esse Conhecimento Impacta a Fé e a Prática Cristã
Estudar as dispensações nos ajuda a:
1. Entender
a coerência da Bíblia: As dispensações mostram como o Antigo e o Novo
Testamento estão interligados, revelando um único plano divino.
2. Aprofundar
nossa fé: Ao ver a fidelidade de Deus em cada período, somos
encorajados a confiar em Seu controle soberano sobre a história.
3. Viver
com propósito: Compreender nosso papel na Dispensação da Graça nos
motiva a compartilhar o evangelho e viver em obediência a Deus.
4. Manter
a esperança: A promessa do reino milenial e da eternidade com Deus nos
dá esperança para o futuro, mesmo em meio às dificuldades atuais.
Convite para Reflexão e Estudo Mais Aprofundado da Bíblia
As 7 Dispensações são mais do que um estudo teológico; elas
são um convite para nos aprofundarmos na Palavra de Deus e descobrirmos como
Sua história se conecta à nossa vida. Se você deseja entender melhor o plano de
Deus e como Ele trabalha em cada era, mergulhe na Bíblia, participe de estudos
bíblicos e ore para que o Espírito Santo revele as verdades divinas ao seu
coração.
Que esse estudo das dispensações inspire você a viver com
fé, esperança e amor, sabendo que faz parte do grandioso plano de Deus para a
humanidade. Afinal, como diz Efésios 1:10, Deus está reunindo todas as coisas
em Cristo, tanto as que estão nos céus quanto as que estão na Terra. E você faz
parte dessa história!
Perguntas Frequentes Sobre as 7 Dispensações
As dispensações são aceitas por todas as denominações cristãs?
Não, as dispensações não são universalmente aceitas por
todas as denominações cristãs. A teologia das dispensações é mais comum em
círculos evangélicos e fundamentalistas, especialmente entre aqueles que seguem
uma interpretação literal da Bíblia. Denominações como as pentecostais e
algumas batistas tendem a adotar essa visão. No entanto, outras tradições
cristãs, como a católica, a ortodoxa e muitas igrejas protestantes históricas,
não seguem o modelo dispensacionalista, preferindo outras abordagens teológicas
para entender o plano divino ao longo da história.
Qual a diferença entre dispensações e eras bíblicas?
Embora os termos "dispensações" e "eras
bíblicas" possam parecer semelhantes, eles têm significados distintos. As
dispensações referem-se a períodos específicos em que Deus se relaciona com a
humanidade de maneiras diferentes, estabelecendo responsabilidades e revelações
específicas para cada época. Já as "eras bíblicas" são divisões mais
amplas da história bíblica, focadas em eventos ou personagens-chave, como a era
dos patriarcas ou a era dos reis. Enquanto as dispensações enfatizam a
administração divina e a resposta humana, as eras bíblicas são mais descritivas
e históricas.
Como as dispensações se relacionam com a escatologia?
As dispensações estão intimamente ligadas à escatologia, que
é o estudo das últimas coisas ou dos eventos finais da história humana segundo
a Bíblia. O dispensacionalismo ensina que cada dispensação culmina em um
julgamento divino, preparando o caminho para a próxima fase do plano de Deus. A
escatologia dispensacionalista, em particular, enfatiza eventos futuros como o
arrebatamento da Igreja, a Grande Tribulação, o milênio e o juízo final. Esses
eventos são vistos como o clímax do plano divino, marcando o fim da dispensação
atual e o início de uma nova era sob o governo direto de Cristo.