Texto: Mateus
6
Introdução:
O capítulo 6 do Evangelho de Mateus faz parte do famoso Sermão da Montanha, onde Jesus Cristo ensina seus discípulos sobre a verdadeira justiça, o coração da adoração e a confiança em Deus. O Sermão da Montanha foi proferido por Jesus em um contexto onde a religiosidade superficial dos fariseus e escribas era comum. Jesus, por volta do ano 30 d.C., trouxe uma mensagem que desafiava essa superficialidade, chamando Seus seguidores a uma justiça interna e genuína. A Galileia, local onde o sermão foi proferido, era uma região de intensa atividade ministerial de Jesus, marcada por seu ensino e milagres que evidenciavam o Reino de Deus.
Este capítulo aborda temas cruciais como a prática da
justiça, a oração, o jejum, o acúmulo de tesouros nos céus e a confiança em
Deus para as necessidades diárias. Ao mergulharmos neste texto, veremos como
essas instruções são fundamentais para vivermos uma vida cristã autêntica e
impactante.
I. A Prática da Justiça (Mateus 6:1-4)
A. Intenção do Coração: Jesus alerta contra a prática
de atos de justiça apenas para serem vistos pelos homens. A verdadeira justiça
é motivada pelo desejo de agradar a Deus, não pelo reconhecimento humano.
B. A Hipocrisia dos Fariseus: Na época de Jesus, os
fariseus eram conhecidos por suas demonstrações públicas de piedade. Jesus
contrasta essas práticas com a verdadeira justiça que deve ser discreta.
C. Recompensa Celestial: Deus, que vê em secreto,
recompensará aqueles que praticam a justiça sem buscar a aprovação dos homens.
D. Aplicação Prática: Devemos examinar nossas
motivações ao fazer o bem, garantindo que nossas ações sejam para a glória de
Deus e não para a nossa própria exaltação.
II. A Oração (Mateus 6:5-15)
A. Oração Secreta: Jesus ensina que a oração deve ser
feita em segredo, em contraste com as orações públicas dos hipócritas que
buscavam reconhecimento.
B. O Pai Nosso: Jesus oferece o modelo de oração
conhecido como Pai Nosso, enfatizando a adoração, a submissão à vontade de
Deus, a dependência diária e o perdão.
C. Perdão Condicional: A oração inclui um aspecto
crucial: o perdão. Somos chamados a perdoar os outros para que possamos receber
o perdão de Deus.
D. Aplicação Prática: Nossa vida de oração deve ser
íntima e autêntica, focada em um relacionamento pessoal com Deus e não em
exibições públicas.
III. O Jejum (Mateus 6:16-18)
A. O Jejum dos Hipócritas: Semelhante à prática da
justiça e da oração, Jesus critica o jejum feito para impressionar os outros.
B. Jejum em Secreto: O jejum deve ser um ato de
devoção pessoal e secreto, sem alarde, para que Deus, que vê em secreto,
recompense.
C. Propósito do Jejum: O jejum é uma disciplina
espiritual destinada a focar nosso coração em Deus, buscar Sua vontade e nos
humilhar diante d'Ele.
D. Aplicação Prática: Devemos jejuar com a intenção
correta, buscando uma comunhão mais profunda com Deus e não a aprovação dos
homens.
IV. Tesouros no Céu (Mateus 6:19-24)
A. A Fragilidade dos Tesouros Terrenos: Jesus adverte
contra acumular tesouros na terra, onde podem ser destruídos ou roubados.
B. Tesouros no Céu: Em vez disso, devemos acumular
tesouros no céu, onde são eternos e seguros.
C. O Olho como a Lâmpada do Corpo: A metáfora do olho
reflete a nossa perspectiva. Um olho saudável (generoso) traz luz; um olho
doente (avarento) traz trevas.
D. Servir a Dois Senhores: Jesus afirma que não
podemos servir a Deus e ao dinheiro simultaneamente. Devemos escolher a quem
devotar nossa lealdade.
V. A Confiança em Deus (Mateus 6:25-34)
A. Não Andar Ansiosos: Jesus nos exorta a não nos
preocuparmos com nossas necessidades diárias, como comida e vestuário.
B. A Providência de Deus: Ele nos lembra que Deus
cuida das aves do céu e dos lírios do campo, e quanto mais cuidará de nós, Seus
filhos.
C. Buscar Primeiro o Reino: Nossa prioridade deve ser
buscar o Reino de Deus e Sua justiça, confiando que todas as outras coisas nos
serão acrescentadas.
D. Aplicação Prática: Devemos viver confiando na
provisão de Deus, colocando nossa fé em Suas promessas e vivendo para o Seu
Reino.
Conclusão:
O capítulo 6 de Mateus nos chama a uma vida de devoção
sincera e confiança total em Deus. As práticas de justiça, oração, jejum e a
busca pelos tesouros celestiais são maneiras de demonstrar nossa fé e
dependência de Deus. Ao confiarmos n'Ele para nossas necessidades,
testemunhamos ao mundo a paz e a segurança que vem de viver sob o cuidado do
nosso Pai Celestial.
Aplicação:
- Examine
suas Motivações: Reflita sobre suas práticas de justiça, oração e
jejum. Estão alinhadas com o desejo de agradar a Deus?
- Pratique
o Perdão: Lembre-se da importância do perdão nas suas orações e
relacionamentos.
- Confie
em Deus: Enfrente as ansiedades diárias com confiança na provisão de
Deus, buscando primeiro o Seu Reino.
- Acumule
Tesouros Celestiais: Direcione seus esforços para o que tem valor
eterno, servindo a Deus de todo o coração.