O aborto é o procedimento pelo qual a vida de uma criança no útero é deliberadamente encerrada. Em outras palavras, quando um aborto é realizado, um feto (um ser humano) é intencionalmente morto.
Aqueles que argumentam a favor do aborto defendem a prática como o "direito de escolher" da mulher (no entanto, na maioria dos casos, trata-se realmente de evitar as consequências de outras escolhas). Eles afirmam que argumentos ou legislação contra o aborto são hostis para com as mulheres, pois elas devem ter direito à privacidade (ainda que a privacidade não deva ser usada para justificar o pecado). Eles declaram ter autoridade sobre seus próprios corpos (mas negam a autoridade do nascituro sobre seu próprio corpo). Frequentemente (mas nem sempre) ignoram ou argumentam contra a humanidade dos nascituros.
Fatos e Estatísticas
De acordo com o artigo 124 do Código Penal Brasileiro, o aborto é considerado um crime contra a vida. A pena prevista é de um a três anos caso o procedimento tenha sido provocado pela gestante ou com seu consentimento e de três a dez anos caso seja induzido por terceiros sem o consentimento da gestante.
Houve 41,9 milhões de abortos em todo o mundo em 2018.
No País, 1 milhão de abortos induzidos ocorrem todos os anos e levam 250 mil mulheres à hospitalização. Dados foram apresentados no 1º dia de audiência pública da ADPF 442 no STF.
Dados chocantes sobre o aborto:
- A cada dois dias, uma mulher morre vítima de aborto inseguro no Brasil. Todos os anos, ocorrem 1 milhão de abortos clandestinos.
- São 250 mil internações no SUS (Sistema Único de Saúde) e R$ 142 milhões gastos por causa de complicações pós-aborto.
- Uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já abortaram no país, segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, desenvolvida pela Anis – Instituto de Bioética.
- As mulheres que abortam são, em geral, casadas, já têm filhos e 88% delas se declaram católicas, evangélicas, protestantes ou espíritas.
- Cerca de 20 milhões dos abortos são realizados no mundo de forma insegura todos os anos, resultando na morte de 70 mil mulheres, sobretudo em países pobres e com legislações restritivas ao aborto.
- 97% dos abortos clandestinos ocorrem em países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, 80% dos países desenvolvidos permitem o procedimento.
- Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde e do Instituto Guttmacher (EUA), publicada em 2016, demonstrou que nos países em que o aborto é proibido o número de procedimentos não é menor do que em lugares onde é legalizado.
- Em 2007, Portugal autorizou o aborto até as 10 semanas de gestação. Dez anos depois, pesquisa da ONG Associação para o Planejamento da Família mostra que o número de abortos caiu e as mortes decorrentes da prática são quase nulas. Na década de 1970, eram 100 mil abortos, sendo que 2% deles resultavam em morte, enquanto dados de 2008 mostram que o país registrou 18 mil abortos e, hoje, este número está em queda constante.
Princípios Básicos da Bíblia Relacionados a Isso
Deus é o doador da vida - Quando Deus criou o homem no princípio, “formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Gênesis 2: 7). No entanto, este não foi apenas o primeiro homem; Deus dá vida a todos os homens. Paulo apontou isso para os filósofos no Areópago: “pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas” (Atos 17:25).
Deus cria vida no ventre - O salmista louvou a Deus por esse fato: “Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado ... ” (Salmo 139:13-16). Quando Deus chamou Jeremias para profetizar, Ele disse: “Antes que eu te formasse no ventre te conheci...” (Jeremias 1:5). Deus conhecia cada um de nós antes que alguém soubesse que existíamos.
Os seres humanos são feitos à imagem de Deus - No princípio, “Deus criou o homem à sua própria imagem” (Gênesis 1:26-27). Por causa disso, a vida humana deveria ser valorizada e defendida (Gênesis 9:6). Tiago disse que não devemos “amaldiçoar” os outros - muito menos matá-los - porque eles “foram feitos à semelhança de Deus” (Tiago 3:9).
Não há diferença na humanidade ou valor entre um bebê no útero e um bebê fora do útero - Quando Isabel estava grávida e conheceu Maria, Lucas registrou que “saltou a criancinha no seu ventre” (Lucas 1:41). Depois que Jesus nasceu, um anjo disse aos pastores que “Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura” (Lucas 2:12). Nos dois versos, a mesma palavra grega (brephos) é usada para a criança no útero e a criança fora do útero. No que diz respeito à vida humana, não havia diferença entre um nascido e um não nascido.
Assassinato é errado - Após o dilúvio, Deus condenou o assassinato e prescreveu a pena de morte para quem fosse culpado de assassinar alguém que foi feito à Sua imagem (Gênesis 9:5-6). Um dos dez mandamentos é: "Não matarás" (Êxodo 20:13). A lei continuaria especificando que isso se aplicaria ao assassinato de um bebê ainda não nascido (Êxodo 21:22-25). No entanto, este não era apenas um mandamento para o Antigo Testamento. O assassinato também é condenado sob a nova aliança (Romanos 13:9; 1 Timóteo 1:9-10).
Conclusão
O aborto é a tomada ativa e deliberada de uma vida humana inocente - que foi feita à imagem de Deus. Portanto, o aborto é errado.