Texto: Atos 2
Introdução: Alguém disse que: “A Igreja foi ao Calvário para obter perdão, mas não ao Pentecostes para obter poder”. Este é o dia dos substitutos pentecostais. Em vez de receber o verdadeiro poder de Cristo, estamos produzindo nossos próprios fogos artificiais. Vivemos na época dos programas, propaganda, entusiasmo e promoção. Tentamos duplicar o que o Espírito Santo fez no dia de Pentecostes.
Vance Havner disse uma vez: “A maioria de nós tem tanto medo
de cair de um galho que nunca nos preocupamos em subir em uma árvore”. No dia
de Pentecostes, Pedro pregou um sermão. Seu sermão tocou o coração de milhares
de pessoas. Cristãos cheios do Espírito podem esperar resultados abundantes de
seu esforço evangelístico quando aplicam as ações de Pedro em suas vidas
pessoais.
1. Precisamos Explicar O Espírito Para o Mundo (Atos 2:14-21)
Nosso texto nos mostra cuidadosamente como explicar o
Espírito Santo tanto aos perdidos quanto aos salvos.
Primeiro, precisamos
falar com os santos (v.14a-b). Observe os passos:
1) levantar-se (v.14a-b), “Então Pedro, pondo-se em pé com os onze...”;
2) falando (vv.14c-f), “…
levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em
Jerusalém…” (inclui visitantes e residentes); e
3) permanecer firme (vv.14g-15), “… seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Pois estes
homens não estão embriagados, como vós pensais, visto que é apenas a terceira
hora do dia”.
Não era costume que os judeus bebessem antes das 9 horas da
manhã. Era hora de devoções antes das 9 horas. Isso era especialmente
verdadeiro no sábado, uma festa ou em um dia de festival. Isso aconteceu
durante a festa da colheita do Pentecostes. O costume era tão difundido que
Pedro não precisava mais explicar.
Em segundo lugar,
precisamos compartilhar as Escrituras (vv.16-21). Estamos vivendo um
período profético. Pedro contextualiza sua mensagem explicando o cumprimento da
profecia (v.16): “Mas isto é o que foi
dito pelo profeta Joel”. Pedro começou sua mensagem apelando para o Antigo
Testamento. Ao citar as Escrituras, Pedro permitiu que o Espírito Santo
falasse. Pedro disse: "Mas isto". A profecia estava se cumprindo
naquele exato momento.
Em seguida, Pedro explica o ato de profecia (vv.17-21) por
meio do Espírito de Deus (vv.17-18) quanto ao tempo: “E acontecerá nos últimos dias” (v.17a). O termo “últimos dias” era
uma expressão do Antigo Testamento para designar os tempos messiânicos.
Referia-se ao tempo em que o Messias viria. Em todo o Antigo Testamento, os profetas
falaram dos “últimos dias”.
Além disso, Pedro articula esta profecia quanto à sua
verdade (vv.17b-18). Lemos: “... diz o
Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e
as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos
anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas
derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão”
Vamos desvendar o que Peter está ensinando. Ele introduz o
mundo hebraico (v.17b-f). Obviamente, “seus filhos”, “suas filhas”, “seus mancebos”,
“seus anciãos”, lidam com o povo judeu. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo
foi derramado pela primeira vez sobre o povo judeu.
No entanto, a mensagem de Pedro traz o mundo pagão (v.19-20).
Lemos: “E mostrarei prodígios em cima no
céu; e sinais embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se
converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso
dia do Senhor”
É evidente a partir desta referência ao "dia do Senhor" que o Pentecostes foi apenas um
cumprimento auricular da profecia de Joel. Os profetas do Antigo Testamento não
viram a era da igreja. Eles apenas viram que o Messias viria e estabeleceria
Seu reino. A igreja era um mistério.
Pedro não esperava um período de dois mil anos antes do
retorno do Messias. Para Pedro e os outros, os últimos dias começaram quando o
Messias veio a Jerusalém. Temos vivido nos últimos dias desde que Jesus veio,
há 2.000 anos. Anteriormente, vimos que Pedro ensinou sobre o Espírito de Deus,
mas agora ele traz a salvação de Deus (v. 21). Lemos: “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Pedro soa como o tema dominante de seu sermão. É a salvação
de todos! A razão pela qual o Senhor esperou tanto para voltar é porque Ele
está permitindo que mais pessoas sejam salvas.
2. Precisamos Exaltar O Salvador no Mundo (Atos 2:22-36)
Precisamos falar das
demonstrações de Jesus (v. 22). Lemos: “Varões
israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus
entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de
vós, como vós mesmos bem sabeis”
Pedro começa com uma demanda confiante por sua atenção. Ele
diz que Deus fez isso e vocês viram. Ele mostra claramente a pessoa de Jesus
(v.22c), “Jesus, o nazareno”. Esse
era o nome comum de Jesus. Essa foi a frase que os judeus usaram para zombar de
Jesus. Eles acreditavam que nada de bom jamais saiu de Nazaré. Em seguida,
Pedro prega sobre o poder de Jesus (v. 22c-f). Ele afirma: “Um varão aprovado por Deus” é uma declaração rica, com muitos
matizes de significado. Em Coríntios 4:9, significa colocar algo em exibição.
Também significa apresentar evidências para provar seu ponto de vista (Atos
25:7). Em 2 Tessalonicenses 2:4, significa proclamar alguém a um alto cargo.
Portanto, nesta palavra, está toda a imagem de Cristo. Você tem Deus em carne
humana em exibição, provando quem ele afirma ser e proclamou ser o Messias.
Cristo foi provado ser o Messias pelos "milagres", "maravilhas"
e "sinais". Essas são evidências esmagadoras para provar que Jesus
era o Messias.
Jesus fez milagres. Em outras palavras, Ele criou coisas.
Por exemplo, Ele tocou pessoas cegas e recriou olhos para ver. Ele deu audição
onde não havia capacidade de ouvir. Jesus deu aos outros voz para falar. Então,
um dia, Ele parou ao lado do túmulo de Lázaro e passou pela prova de fogo.
Lázaro saiu da sepultura.
“Milagres” trata dos feitos poderosos de Deus. “Maravilhas”
se preocupa com a resposta das pessoas. É o que o milagre parece estar na mente
de quem vê. “Sinais” tem a ver com a intenção. Essas foram ações poderosas que
fizeram as pessoas se maravilharem e se tornarem "sinais". Um sinal é
apontar alguém para outra coisa. Ele identifica outra coisa. Não há sinal em si.
Os sinais de Jesus apontavam para outra coisa. Jesus realizou milagres para
ensinar uma verdade espiritual. Ele não fez milagres como um fim em si mesmo.
Por exemplo, em Lucas 5 houve uma grande captura de peixes. Havia tantos peixes
que o barco começou a afundar. Então Jesus disse a Pedro que ele seria pescador
de homens.
Portanto, Jesus provou que Ele era o Messias. O mundo não é
ignorante. A evidência foi esmagadora.
Em segundo lugar,
precisamos falar da morte de Jesus (v. 22a). Lemos sobre o conselho de Deus
(v. 23a). Pedro prega: “… a este, que foi
entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus”. Em certa
ocasião, Jesus disse: “Ninguém ma tira de
mim [vida], mas eu de mim mesmo a dou...” (João 10:18). A morte de Cristo
foi conhecida de antemão por Deus em uma eternidade passada.
A seguir, lemos sobre a crucificação de Cristo (v. 23b).
Pedro declara: "... vós matastes,
crucificando-o pelas mãos de iníquos". A presciência de Deus não
absolve o homem de sua terrível culpa. Homens crucificaram Cristo. Foi a coisa
mais perversa já feita neste planeta amaldiçoado pelo pecado. As mãos do homem
estão manchadas com o sangue de Jesus.
Terceiro, precisamos
falar sobre a libertação de Jesus (v. 24). Ouça o que Pedro disse: “ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões
da morte, pois não era possível que fosse retido por ela”. Não era possível
porque Cristo não tinha pecado. “O
salário do pecado é a morte”, diz a Escritura. Ele não pecou. Então, Ele
não podia morrer. Mas Ele morreu. Ele morreu porque foi feito pecado por nós.
Enquanto falamos e destacamos a libertação de Jesus, precisamos falar sobre a
divindade de Jesus (vv.25-36). Esses versos são absolutamente incríveis! Davi
previu isso (vv.25-28). Pedro desembrulhou cuidadosamente essa profecia de
poder. Davi previu:
- diante de sua face (vv. 25-26a). “Porque dele fala Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado; por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou...”. Esta é uma citação do Salmo 16:8-11. Davi vê o Senhor na cruz nos Salmos 22 e 69. No Salmo 16, Davi vê Cristo ressuscitado e ascendido. Este foi um golpe impressionante para os ouvintes de Pedro. Cristo venceu o pecado, Satanás e o sepulcro.
- por meio de sua fé (v. 26b). Pedro diz: “...e além disso a minha carne há de repousar em esperança”. Esta é uma referência primária ao corpo de Cristo jazendo na sepultura. Jesus sabia que seu corpo não sofreria corrupção. A confiança de Davi estava na ressurreição do Senhor. A ressurreição de Cristo é a nossa garantia no futuro.
- por seus fatos (v.27). Lemos: “pois não deixarás a minha alma no hades, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção”. A palavra "deixar" significa literalmente "abandonar" ou "descuidar". Na morte, o Senhor Jesus confiou Seu Espírito ao Pai no céu. Sua alma desceu para o “inferno” (Hades). A prisão das almas que partiram. O título "Santo" garantia que nenhuma corrupção mancharia o corpo do Senhor durante este tempo. Em outras palavras, o corpo do Senhor nem mesmo começou a se deteriorar antes da ressurreição.
- em seus sentimentos (v. 28). Lemos: “fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de alegria na tua presença”. Foi uma bênção para a alma de Davi saber que seu futuro estava garantido por causa da divindade de Cristo.
Davi não apenas previu a vinda de Cristo, mas também a
predisse (vv. 29-35). No versículo 29, lemos o foco da profecia de Davi. Ele declara: “Irmãos, seja-me permitido dizer-vos livremente acerca do patriarca
Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua
sepultura”.
Obviamente, Davi não esperava que o cumprimento da
ressurreição se aplicasse a ele. Davi morreu e não experimentou uma
ressurreição. A aplicação de Pedro a ele estava correta. A multidão que ouvia
Pedro conhecia o Antigo Testamento. Eles podiam discutir com Simão, mas não com
as Escrituras.
Além do foco da profecia de Davi, lemos sobre a força da profecia de Davi (vv.
30-31).
A força envolve a linhagem de Davi (v. 30a) e o Senhor de
Davi (v. 30b-31). Veja o que Pedro destaca: “Sendo,
pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que
faria sentar sobre o seu trono um dos seus descendentes. prevendo isto, Davi
falou da ressurreição de Cristo...”
Davi sabia que um de seus descendentes seria o Messias.
Nosso texto declara: “... faria sentar
sobre o seu trono um dos seus descendentes. prevendo isto, Davi falou da
ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no hades, nem a sua
carne viu a corrupção”
De Davi viria o Messias que se sentaria no trono de Davi
como Filho e Senhor de Davi. Jesus não nasceu em um palácio e nunca chegou
perto de um palácio. Os judeus o haviam assassinado. Ele morreu na vergonha. No
entanto, a ressurreição era parte do plano divino de Deus. Essa era a força do
Salmo 16. Davi tinha visto. Agora, os judeus tinham que ver isso.
Agora passamos para o cumprimento da profecia de Davi
(vv.32-36):
- pelos santos (v. 32), “Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas”. Pedro teve 120 testemunhas para provar isso. Todos sabiam que Pedro estava falando a verdade.
- pelo Espírito (v. 33), “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis”. A vinda do Espírito Santo foi a prova definitiva. Jesus não estava sentado à direita de Deus. O derramamento do Espírito Santo provou que Jesus estava vivo.
- pela Escritura (vv.34-35), “Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés”. Pedro citou o Salmo 110:1, que declarou claramente a divindade de Cristo. Nenhum pai hebreu chamaria seu filho de “senhor”, mas Davi sim. Davi reconheceu que Aquele que nasceria em sua linhagem real seria seu Senhor soberano. Pedro disse aos judeus que o Senhor Jesus estava esperando até que seus inimigos se tornassem Seu escabelo. Portanto, eles podiam esperar que o julgamento viesse.
- pelo sobrenatural (v. 36): “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. Eles O crucificaram, Deus O coroou. Eles O sepultaram, Deus O entronizou. Eles O expulsaram. Deus o abraçou. Eles O executaram. Deus o exaltou.
3. Precisamos Evangelizar o Pecador no Mundo (Atos 2:37-41)
Notamos primeiro que
o pecado é exposto (v. 37): “E,
ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos
demais apóstolos: Que faremos, irmãos?”
A convicção é a primeira obra do Espírito Santo em um
coração humano. Ele faz com que as pessoas vejam sua responsabilidade pessoal
perante Deus pelo que fizeram e pelo que precisam fazer. Não pode haver
conversão genuína sem convicção. Uma pessoa convicta sente que deve fazer algo
para acertar as coisas com Deus.
Em seguida, a
salvação é expressa (v. 38a, b). Lemos: “Pedro
então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados”.
Eles tiveram que se separar de seu horrendo pecado nacional.
O arrependimento é um afastamento deliberado de um curso de conduta anterior.
No entanto, seu arrependimento tinha que ser tão público quanto o pecado
nacional havia sido expresso. Isso deveria ser feito por meio do batismo nas
águas. Esse batismo deveria ser em nome de Jesus Cristo porque é um
reconhecimento público do fato de que eles estavam aceitando Jesus como
Salvador do pecado. Pedro estava proclamando o fim do sacrifício de animais
como forma de perdão dos pecados. Jesus agora era o Cordeiro sacrificial de
Deus que tiraria os pecados do mundo.
E, vemos que o
Espírito é experimentado (vv. 38c-39). Observe o que Pedro disse: “… e recebereis o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão
longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar”
Agora Pedro diz que o Espírito Santo é “para vós”. Alguns deles
eram culpados de gritar a Pilatos: “Seja
crucificado” (Mateus 27:23). “A vossos filhos”, embora eles
tivessem clamado, “Seu sangue caia sobre
nós e sobre nossos filhos” (Mateus 27:25). E era “para todos os que estão longe” - de forma alguma se limitava ao povo
hebreu.
Com tudo isso acontecendo, o sermão é eficaz (vv.40-41). Aprendemos
do apelo de Pedro (v. 40), "E com muitas outras palavras dava
testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa".
Há um senso de urgência na voz de Pedro. Após o apelo de Pedro, há a aceitação do povo (v. 41). A
Escritura declara: “De sorte que foram
batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três
mil almas”
Conclusão: O
sermão de Pedro trouxe resultados instantâneos. Houve um mover poderoso do
Espírito Santo na audiência. Que chamado ao altar! À medida que avançamos para
o Pentecostes e além, vamos pregar como se tudo dependesse de nós, mas nos
humilhemos, sabendo que, em última análise, tudo depende do poder e da Pessoa
do Espírito Santo.
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